ANO 5 | Edição Julho 2025
Por que é importante pensar nas lideranças do amanhã
A liderança é essencial para o sucesso dos negócios. Ainda que isso não seja novidade, na prática, a preparação para formar novos líderes tem deixado a desejar. Um artigo do MIT Sloan Review Brasil identificou lacunas generalizadas no planejamento sucessório de CEOs.
A pesquisa do MIT apontou dois pontos fundamentais que barram o aprimoramento de processos de sucessão de lideranças: complacência e preocupação em manter bom relacionamento com o CEO atual. Os conselhos sentem receio em “mexer no que está funcionando”, causar saídas indesejadas ou “desmoralizar” o atual líder. Os medos, contudo, não superam o impacto positivo que um projeto sucessório pode causar.
Os dados mostram que organizações com um bom processo de planejamento sucessório (segundo a avaliação da consultoria de gestão Spencer Stuart) superaram o índice econômico S&P 500 nos dois primeiros anos de mandato do CEO em 59% dos casos. Já onde o planejamento sucessório não foi bem avaliado, a taxa ficou em apenas 17%.
Para que a sucessão ocorra de maneira fluida e benéfica aos negócios, o artigo sugere tratá-la como um processo e não um evento. Uma abordagem proativa permite maior tempo de análise e elaboração de um plano de contingência. Outras recomendações são a busca por candidatos em lugares inesperados e a atenção a outras posições além de CEO.
O papel das lideranças no uso da inteligência artificial
Usar as plataformas de inteligência artificial no ambiente de trabalho não é mais uma exclusividade, mas sim uma necessidade. Segundo a pesquisa Global Tech Report da KPMG, 43% das organizações brasileiras já utilizam a IA de maneira estratégica, visando a otimização do trabalho.
Esse fenômeno também afeta o papel dos líderes, que precisam ser exploradores tecnológicos, capazes de explorar novas ideias e estimular a cultura de inovação - ainda mais em um mundo cada vez mais automatizado.
A IA no mundo corporativo, afinal, já é uma realidade que exige preparação e ação prática. Diante disso, como os CEOs estão incorporando essa nova ferramenta? Dados da KPMG indicam que um número crescente de líderes está buscando preparação pessoal para compreender o potencial da IA.
Acontece que a maior parte dos líderes prioriza a capacitação individual, mais até do que o treinamento da própria força de trabalho. Essa escolha pode sinalizar a realização da liderança pelo exemplo, indicando que os gestores precisam assumir o papel de catalisadores da transformação cultural.
No entanto, junto aos benefícios, as organizações enfrentam alguns desafios, como a superficialidade nas respostas e os riscos de vazamento de dados. Por essa razão que as lideranças precisam ter domínio técnico e visão estratégica, enquanto mantêm a sensibilidade humana.
Como aprimorar a gestão de pessoas no cooperativismo
A gestão de pessoas é um conjunto de práticas que auxiliam o RH e as lideranças a cuidarem dos colaboradores e melhorarem as relações de trabalho. A ideia é melhorar o alinhamento e aumentar o engajamento da equipe.
No cooperativismo, a gestão de pessoas é ainda mais importante, afinal, a essência do modelo de negócios está nas relações entre cooperados, colaboradores e clientes. Diante da importância da gestão de pessoas para o cooperativismo, o NegóciosCoop preparou algumas dicas:
- Automatizar e evoluir processos com tecnologia.
- Desenvolver uma boa comunicação interna.
- Oferecer benefícios atrativos e capacitação.
- Trabalhar com feedbacks contínuos.
- Boa remuneração e bonificações.
Caminhos para construir conexões verdadeiras
Um dos grandes desafios das cooperativas é fortalecer a conexão com os cooperados. Com inúmeras plataformas e redes sociais que ocupam a atenção, as cooperativas precisam mostrar interesse genuíno nos desejos e necessidades dos associados.
Segundo a professora Thais Jerônimo, essa prática é conhecida como escuta ativa. Em entrevista ao Sistema OCB, a especialista pontuou que criar conexões verdadeiras e experiências memoráveis vai além de bons produtos e serviços. Ela alerta, contudo, que não existem fórmulas prontas para criar expectativas memoráveis:
"O que sempre defendo é que as pessoas têm expectativas únicas, logo, precisamos ouvi-las para entender realmente quais são essas expectativas com relação à cooperativa. Se eu tenho diferentes perfis de cooperados, antes de qualquer coisa, preciso conhecer esses cooperados, entender o que eles esperam da cooperativa para, daí sim, pensar em experiências".
O consumidor moderno quer comodidade e bons preços
Escutar também é um caminho para encontrar possíveis vantagens competitivas. A edição de 2025 da pesquisa “What Matters to Today’s Consumer?”, realizada pelo Capgemini Research Institute, entrevistou mais de 12 mil pessoas em 12 países e verificou tendências, desejos e necessidades do consumidor contemporâneo.
O estudo divide os consumidores em cinco categorias, dos “Pioneiros do Digital-First” aos “Tradicionalistas”, ressaltando que cada agrupamento se comporta de maneira distinta. Entretanto, é possível identificar algumas tendências abrangentes.
A inteligência artificial é um dos destaques da pesquisa: 68% dos entrevistados já adquiriram produtos recomendados por IA generativa, e 71% desejam a aplicação da tecnologia em interações com marcas.
Outra questão para os consumidores de todas as idades é o custo de vida. Embora menos pessoas se sintam extremamente preocupadas com sua situação financeira (46% em 2024 contra 61% em 2022), mais compradores estão priorizando marcas próprias ou de baixo custo (65%).
O consumidor contemporâneo, no entanto, não deseja somente qualidade e bom preço. A pesquisa mostra que 64% dos entrevistados compraram de marcas percebidas como sustentáveis, 4 pontos percentuais acima da edição anterior do estudo. 77% dessas aquisições foram de produtos até 10% mais caros que a concorrência, o que representa queda no percentual de pessoas dispostas a escolher a “sustentabilidade premium”.
O perigo está mais próximo que você pensa
Quando se fala em fraude no meio corporativo, é comum imaginar complexos ataques cibernéticos externos que derrubam barreiras de segurança e quebram protocolos. Entretanto, a realidade é diferente desse cenário. A maior parte dos casos tem origem interna, conforme revela o estudo Global Profiles of the Fraudster, da KPMG.
A pesquisa traça o perfil do fraudador típico: homem entre 36 e 55 anos, com muitos anos na organização e bem-visto pela liderança e colegas. Ou seja, o fraudador costuma ser alguém considerado de confiança, com acesso legítimo e conhecimento interno. 55% dos 256 casos avaliados foram cometidos em grupo, e a motivação normalmente é financeira.
A identificação desse perfil reforça a importância da prevenção proativa. Deve-se fortalecer os processos de controle interno, promovendo auditorias e revisões periódicas, e incentivar uma cultura organizacional centrada na ética. A pesquisa mostra que canais estruturados de denúncia são um meio efetivo para descobrir fraudes em curso.
Embora avanços tecnológicos sejam amplamente utilizados por criminosos virtuais de maneira nociva, como nos deepfakes, o estudo não encontrou correlação entre tecnologia e fraudes internas. Ferramentas de análise de dados e rastreamento são, inclusive, recursos importantes em estratégias de prevenção.
Como o LinkedIn pode impulsionar as cooperativas
Você provavelmente é um dos 86 milhões de brasileiros que têm conta no LinkedIn, seja para criar conexões, buscar oportunidades profissionais ou encontrar insights relevantes para o seu dia a dia. Mas a sua cooperativa está na rede social? Este artigo do InovaCoop mostra como é possível utilizá-la para conquistar resultados.
Há muitos motivos para uma organização criar um perfil no LinkedIn e postar de maneira consistente. Além das razões mais evidentes, como atração de talentos e fortalecimento da presença digital, o LinkedIn também pode servir como uma plataforma para reforçar o storytelling e o posicionamento da marca.
A rede social é capaz de impulsionar o reconhecimento da cooperativa, por meio de conteúdo e anúncios pagos, promovendo seu crescimento para além da plataforma. O artigo traz exemplos de como criar conteúdos de destaque no LinkedIn. Algumas dicas são: abordar problemas que fazem parte do dia a dia do público-alvo, destacar políticas internas, contar histórias sob uma perspectiva humana, oferecer materiais com insights.
Veja antes de ir:
- Atingir 100 anos de fundação não é para qualquer cooperativa. No último episódio do Estúdio Coop, Sabrina Morello, da Frísia, e a professora Tania Savaget discutem como a coop atingiu o centenário e como as organizações podem consolidar sua marca e manter a perenidade.
- As mudanças tarifárias e o distanciamento entre China e Estados Unidos podem abrir novas oportunidades para o Brasil. O país pode exportar grãos, artigos de madeira, produtos químicos orgânicos e até calçados. No entanto, existem diversos riscos a serem considerados. Saiba mais no artigo da McKinsey!.
- Para manterem sua relevância no mercado, as cooperativas precisam manter o engajamento exponencial, ou seja, fomentar o crescimento constante da organização e da relação com os clientes e cooperados. Confira os quatro pilares do engajamento exponencial no blogpost da Coonecta!
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