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ANO 5 | Edição Junho 2025


Comunicação: uma prioridade estratégica do cooperativismo

A edição de 2025 da Semana de Competitividade, realizada pelo Sistema OCB em Brasília, discutiu comunicação e marketing no cooperativismo. Reunindo mais de 800 participantes representando cooperativas de todos os estados brasileiros, o evento de três dias (entre 9 e 11 de junho) contou com uma programação diversa, abordando múltiplos aspectos da comunicação no cooperativismo.

Diante do mote “Comunicação que fortalece e multiplica”, a Semana de Competitividade reuniu grandes nomes em palestras e painéis na plenária, como representantes do Sistema, especialistas em comunicação e influenciadores digitais.

Na abertura do evento, Márcio Lopes de Freitas, presidente do Sistema OCB, ressaltou a importância da comunicação como ferramenta de transformação e competitividade para o setor. "Vamos comunicar em rede, com estratégia, emoção e coragem. Juntos, vamos mostrar ao Brasil e ao mundo porque as cooperativas constroem um mundo melhor". Alguns destaques foram:

No último dia de evento, o Sistema OCB lançou o livro Comunicação e Marketing no Cooperativismo. Dividido em seis capítulos, a obra une teoria e prática sobre diversos aspectos da comunicação cooperativista, assim como artigos de especialistas e estudos de caso contando histórias inspiradoras de Aurora Coop, Vinícola Aurora, Unimed, Sicoob, Sicredi, Coopfam e Coop.

"Nosso objetivo com esse livro é oferecer um conteúdo prático, acessível e inspirador, que ajude as cooperativas a se comunicarem com intenção, coerência e impacto", destacou Samara Araújo, gerente de Marketing e Comunicação do Sistema OCB.
Leia aqui a versão digital da obra!



Tendências
de comunicação

A comunicação está passando por muitas transformações no mundo cada vez mais conectado. Diante disso, o InovaCoop reuniu oito tendências de comunicação que as cooperativas devem acompanhar. Algumas delas são:

  • Aplicações de IA: o uso de inteligência artificial na comunicação pode provocar mudanças no relacionamento entre marcas e seus públicos, assim como contribuir para melhorar a eficiência dos processos de comunicação. A tecnologia contribui para melhorar a personalização, automatizar tarefas e realizar análises de sentimentos, por exemplo.
  • Relacionamento digital: a interação entre marcas, consumidores e cooperados se dá cada vez mais no ambiente digital. Dessa maneira, as cooperativas precisam buscar inovações para aprimorar as plataformas de comunicação online, como o SAC 2.0.
  • Rebranding: diante das transformações do mercado e da cultura, muitas cooperativas estão enxergando a necessidade de ajustar e reconstruir suas marcas. O rebranding precisa respeitar a história da marca e deve ser feito com cuidado. Nater Coop, Coprel e BeCooper são exemplos de rebrandings de sucesso no cooperativismo.



Relacionamento
com a imprensa

A comunicação é chave para qualquer cooperativa se conectar com seus diversos públicos de interesse. Por mais que os canais internos sejam muito importantes, as cooperativas também precisam ter boas relações com a imprensa, explica o NegóciosCoop.

Apesar de mudanças na comunicação impulsionadas por avanços tecnológicos, os veículos jornalísticos permanecem vistos como fontes confiáveis de informação. Nesse contexto, ter uma assessoria de imprensa é uma boa ideia para as cooperativas que querem construir uma reputação de respeito.

A noção de credibilidade também está atrelada à chamada earned media, o conteúdo que é publicado na imprensa de forma espontânea e sem custo de veiculação. Desse modo, conquistar espaço em conteúdos jornalísticos é uma forma de desenvolver a reputação e dialogar com novos públicos.

Além disso, também é importante que as cooperativas tenham porta-vozes capacitados. Eles irão representar os posicionamentos institucionais da organização. Confira o artigo na íntegra.




Desafios intelectuais
das lideranças

Estamos em uma era de abundância de informações - e isso pode estar gerando um cenário de empobrecimento intelectual entre líderes, provoca André Turquetto em artigo para o Fast Company.

Segundo um estudo da IBM com 3 mil CEOs globais, apenas 23% deles conseguem converter o grande volume de informações diárias em estratégias eficazes. Ou seja: o volume de dados, em vez de ajudar, acaba atrapalhando.

Para ele, a cultura da hiperexposição digital também contribui. Segundo a pesquisa Liderança Conectada, da Brunswick, 82% das pessoas esperam que CEOs tenham presença ativa nas redes sociais. Isso gera um ciclo em que a imagem é mais importante que o desempenho.

Um outro levantamento revela que 7% dos executivos admitem evitar decisões mais ousadas por receio de reações adversas. A inteligência artificial amplia esse dilema, pois muitos líderes usam a ferramenta para substituir o próprio raciocínio, argumenta Turquetto. É importante, portanto, fugir da superficialidade e focar no aprendizado contínuo, ampliando repertório e conhecimento.



Gestores inseguros
inibem inovação

Criatividade e inovação são atributos essenciais para um time e para o sucesso das organizações. No entanto, muitas ideias inovadoras não saem do papel - e a culpa pode estar nos gestores.

Diante dessa realidade, o MIT Sloan Management Review buscou entender o perfil dos líderes e como resolver o problema. Segundo estudos, o gestor que inibe ideias criativas e inovadoras é territorialista e, por vezes, se sente inseguro.

Para evitar que gestores territorialistas afetem o progresso do setor e da organização, é importante estabelecer autoridade formal e encorajar que os líderes reconheçam as ideias dos funcionários.

A dica é: promova sempre ambientes de trabalho colaborativos, fomentando relações interpessoais e reconhecendo o valor dos colaboradores.



Como a Gen Z
encara o trabalho?

Se antes o trabalho era visto como a principal ou até mesmo a única forma de transformar a vida de um indivíduo, a Geração Z vem mudando os paradigmas. Um levantamento sobre o futuro do trabalho conduzido pela consultoria wiz&watcher, mostrou que a relação dos jovens com o mercado é cada vez mais desapegada.

A pesquisa entrevistou mais de 400 jovens entre 15 anos e 28 anos, das classes A, B e C, de todas as regiões do país. O levantamento constatou que 43% dos jovens brasileiros consideram o trabalho sinônimo de sustento financeiro, enquanto apenas 28% o enxergam como um meio de realizar sonhos e somente 24% o associam à ascensão de classe social.

A relação mais desiludida com o mercado também é acompanhada de uma geração “não monogâmica” com seus cargos, em que 34% dos empregados já mantêm duas ou mais atividades ao mesmo tempo. Além disso, o desânimo com cargos de liderança é outro ponto de destaque - e de preocupação. Quase metade dos entrevistados disse ter recebido melhores conselhos do ChatGPT do que dos seus chefes.



Futuro dos empregos demanda tecnologia e humanidade

Com as mudanças geracionais, as lideranças precisam estar cada vez mais conectadas com seus colaboradores. Mas com as transformações aceleradas das tecnologias e a chegada da IA generativa, surge o desafio de equilibrar as habilidades tecnológicas sem perder a essência humana, crucial para uma liderança estratégica.

Segundo relatório do Fórum Econômico Mundial, até o fim da década o mercado de trabalho terá um aumento de 78 milhões de vagas. O futuro dos empregos demanda tanto competências tecnológicas em IA, big data e segurança cibernética, como habilidades emocionais de boa liderança, pensamento criativo, resiliência, flexibilidade e colaboração.

Essa aceleração das transformações digitais tem abalado a saúde mental dos trabalhadores. Uma pesquisa da Vidalink, aponta que o uso de antidepressivos entre colaboradores no Brasil registrou um aumento de 12% no primeiro trimestre de 2024, em comparação com 2023.

É um chamado para as lideranças perceberem que os avanços tecnológicos devem andar lado a lado com uma mudança na cultura organizacional corporativa. É preciso avançar sem deixar para trás o mais importante: as pessoas.



Importância do EVP para aquisição de talentos

Cada vez mais, o conjunto de benefícios e valores que as organizações oferecem aos colaboradores se torna um fator determinante para a aquisição de talentos. As organizações devem manter um alto padrão de EVP (Employee Value Proposition, ou Proposta de Valor ao Colaborador, em tradução livre).

Os profissionais que preferem esperar uma oferta que atenda suas expectativas, mesmo em situações de desemprego, aumentaram nos últimos cinco anos. O abandono de processos seletivos devido à incompatibilidade de EVP cresceu de 65% em 2020 para 86% no primeiro trimestre de 2025.

Os principais atrativos que os profissionais priorizam nas propostas de valor ao colaborador são:

  1. A remuneração para o cargo
  2. O equilíbrio do trabalho com a vida profissional
  3. A flexibilidade nas horas trabalhadas
  4. Os benefícios oferecidos pela organização
  5. O modelo de trabalho (home office, híbrido, presencial)




Veja antes de ir:


Esta newsletter é produzida pela Wex com a curadoria de conteúdos da Coonecta,
uma empresa especialista em conteúdos para o cooperativismo.