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ANO 5 | Edição Abril 2025


Os caminhos
para engajar nos treinamentos

No Brasil, nunca se investiu tanto em programas de treinamento e desenvolvimento como agora. Conforme o mercado e a tecnologia mudam, novas habilidades ganham prestígio e se tornam necessárias. A capacitação para lidar com os novos desafios é um imperativo, portanto, do mercado de trabalho.

Com apoio em dados e entrevistas, a pesquisa Habilidades no trabalho – o desafio e a oportunidade, da MIT Sloan Management Review Brasil em parceria com a SQREEM, explora esse cenário a fim de entender as dores que as organizações enfrentam para engajar os colaboradores nos processos de treinamento, quais são as habilidades mais desejadas e os segredos do engajamento.

O estudo identificou que o mercado como um todo reconhece esse desengajamento dos funcionários no desenvolvimento de habilidades como uma espécie de “epidemia”. Os principais motivos são a falta de alinhamento entre o que as organizações querem ensinar e o que os colaboradores querem aprender, assim como a ausência de um contexto favorável ao aprendizado no ambiente corporativo.

Diante desse cenário, o documento faz recomendações para melhorar o engajamento em processos de treinamento e desenvolvimento. Algumas dicas são:

  1. Engajar é uma grande avenida de mão dupla: o engajamento em treinamento e desenvolvimento não deve ser uma imposição de cima para baixo, mas sim uma via de mão dupla em que a liderança comunica suas necessidades e os funcionários expressam o que e como desejam aprender.
  2. Prosperidade do colaborador: as organizações costumam focar em treinamentos de curto prazo, mas deveriam considerar a "prosperidade" do funcionário – que envolve bem-estar, equilíbrio vida-trabalho e desenvolvimento de carreira – para garantir maior engajamento. A capacitação deve visar a eficácia (melhores resultados) em vez de apenas eficiência (rapidez e custo).
  3. Inteligência contextual: a fim de engajar funcionários em diferentes contextos, o RH precisa aplicar a inteligência contextual, adaptando o conhecimento e as abordagens de treinamento e desenvolvimento. Isso inclui ajustar cargas de trabalho, personalizar programas, medir resultados com indicadores claros ligados ao desempenho, e comunicar o valor do aprendizado focado na eficácia.
  4. Cultura de aprendizado: a cultura organizacional que valoriza o aprendizado é fundamental para atingir objetivos como inovação e transformação. Ela se fortalece quando líderes dão o exemplo. É importante fomentar o aprendizado social através de redes e aplicar inovação nas metodologias de treinamento e desenvolvimento.
  5. Aproximar R&B E T&D: é benéfico integrar Remuneração e Benefícios (R&B) e Treinamento e Desenvolvimento (T&D) no RH, pois o bem-estar emocional (gerido por R&B) e o desenvolvimento profissional (foco de T&D) estão interligados. A ideia é criar uma equipe que cuide de forma conjunta tanto da saúde física e emocional quanto do crescimento pessoal e profissional.


Estratégia para reter talentos

De acordo com a pesquisa State of the Global Workplace da Gallup, funcionários mais qualificados estão procurando novos empregos de nível alto desde 2015. Alguns dos motivos são a crescente insatisfação com os chefes e os hábitos da geração Z. Diante disso, a Fast Company reuniu três estratégias para reter talentos:

  • Mude a mentalidade de "chefiar" para "capacitar": abandone o estilo de gestão de comando e controle, em que o gestor apenas fornece soluções para os problemas dos subordinados, pois isso desmotiva os colaboradores. Adote, por outro lado, uma mentalidade de facilitador para incentivar a busca por soluções.
  • Melhore a qualidade do feedback para estimular alto desempenho: transforme o feedback em uma ferramenta de desenvolvimento e retenção mais eficaz. Para isso, planeje um feedback apreciativo e construtivo, procurando momentos em que o colaborador se destacou. Isso contribui para construir confiança e tornar a equipe mais receptiva.
  • Incentive mais colaboração entre a equipe: em vez de intervir e solucionar cada problema que surge, o gestor deve envolver os colaboradores e fomentar discussões em busca de ideias. Tal postura valoriza as contribuições da equipe e desenvolve a capacidade coletiva de resolução de problemas.



Um evento de RH cooperativista

Que tal ficar por dentro das principais tendências e desafios sobre gestão de recursos humanos no cooperativismo? Essa é a proposta do RH Coop Conference, que acontece dentro do WCM’25!

Organizado pela Coonecta, o RH Coop Conference aborda boas práticas e particularidades da gestão de RH nas cooperativas, da gestão de pessoas, passando por recrutamento, treinamento e employer branding. A programação reúne líderes, especialistas e profissionais engajados no fortalecimento do modelo cooperativista. Garanta o seu RH Pass!



SXSW: a tecnologia molda o mundo

Em mais um ano, o South by Southwest (SXSW), um dos maiores eventos de inovação do mundo, indicou os caminhos para o futuro da inovação e dos negócios. Na edição de 2025 o foco esteve na convergência entre a tecnologia e os seres humanos, assim como nos avanços na biotecnologia, computação quântica e medicina. O InovaCoop fez uma seleção dos principais destaques.

A futurista Amy Webb sempre é uma das palestrantes mais aguardadas pelos congressistas. Neste ano, ela disse que estamos vivendo em uma era de convergência entre a inteligência artificial, os sensores e a biotecnologia, resultando na era da Inteligência Viva. Desse modo, Amy Webb acredita que essas novas tecnologias conseguirão reescrever as regras da nossa sociedade.

Ela também destacou os biocomputadores. Ao contrário dos tradicionais, esses computadores utilizam materiais biológicos para processar informações e realizar cálculos complexos de maneira eficiente - e sustentável.

Para Ian Beacraft, CEO da Signal & Cipher, o modus operandi do mercado de trabalho está prestes a mudar por culpa das novas Inteligências Artificiais. Ele advertiu que o futuro do trabalho é de quem aprende rápido e aplica os conhecimentos de maneiras inéditas e criativas.

Outros temas de destaque do SXSW 2025 foram os impactos das redes sociais para a saúde, o papel da inteligência artificial na medicina, os avanços na computação quântica e o uso da tecnologia a favor do desenvolvimento de cidades inteligentes.



Inovação, tecnologia
e futuro do coop

Como já é tradição, o WCM’25 também receberá o Cooptech Summit, um palco totalmente dedicado a falar sobre tecnologia e inovação no cooperativismo! Com foco em experiências de gestores e aplicações práticas, o evento é destinado a profissionais de alta e média gestão de cooperativas.

O Cooptech Summit é organizado pela Coonecta e traz uma programação de 12 horas de conteúdo que indica os caminhos e percalços para construir o futuro do cooperativismo! Garanta a sua participação!


Linhas de crédito para inovar

A falta de recursos financeiros é um grande obstáculo para cooperativas que desejam inovar. Para driblar esse problema, as cooperativas podem contar com linhas de crédito para financiar projetos, desenvolver iniciativas e aumentar o capital de giro.

No entanto, é preciso ter um olhar crítico ao buscar uma linha de crédito ideal. É crucial que a cooperativa considere alguns fatores importantes, como:

  1. Objetivo a ser alcançado
  2. Capacidade de pagamento
  3. Riscos
  4. Será possível medir o retorno do investimento?

Com um planejamento pronto, é hora de olhar para as linhas de crédito e escolher a que mais se encaixa com a sua necessidade. O NegóciosCoop separou alguns programas de financiamento disponíveis para as cooperativas. Clique aqui para conhecer!



Rumo ao mercado internacional

O cooperativismo brasileiro segue ganhando espaço na exportação. Com o auxílio de programas como o ApexBrasil, as cooperativas levam seus produtos para fora do país, conquistando mais visibilidade no mercado.

As cooperativas proporcionam boas perspectivas de exportação porque oferecem escalabilidade, produção sustentável, agregação de valor e diversificação de mercado para produtores que, sozinhos, não teriam condições de competir no mercado internacional. O SomosCoop explica por que se associar a uma cooperativa pode ser uma boa ideia para quem almeja exportar.



Onde estão as mulheres nos cargos de liderança?

Desde que passaram a fazer parte do mercado de trabalho, as mulheres combatem as desigualdades e lutam para assumir cargos de liderança. No entanto, segundo a pesquisa Women in the Workplace da McKinsey, a cada 100 homens promovidos para funções de gerência, apenas 81 mulheres avançam.

Três sócias da consultoria analisaram trajetórias reais e identificaram a falta de experiência das mulheres. Pensando em aumentar esse capital, a McKinsey elencou cinco comportamentos que podem auxiliar as mulheres a enfrentar dificuldades estruturais:

  1. Encontre a organização certa
  2. Faça mudanças grandes
  3. Assuma papéis de liderança
  4. Busque as melhores oportunidades
  5. Tenha tech skills



A jornada da equidade salarial está só começando

A Lei n.º 14.611/23 trouxe novas perspectivas para a luta por igualdade salarial. Além de dispor de ferramentas que auxiliam a construção de um mercado de trabalho mais justo e igualitário, a legislação também obriga que organizações com mais de 100 funcionários compartilhem relatórios semestrais de remuneração.

No entanto, a equidade salarial está longe de ser atingida. Segundo relatório publicado pelo Ministério do Trabalho e Emprego, a remuneração média das mulheres equivale a somente 70,8% da recebida pelos homens. Considerando todos os salários, a proporção sobe para 90,5%, mas ainda indica uma disparidade salarial significativa.

Diante dessa diferença, as cooperativas devem desenvolver planos de ação que mitiguem as diferenças. Uma ideia é implementar uma estratégia de Análise de Pessoas, combinando tecnologia, análise de dados e estratégia organizacional. Veja a análise da consultoria KPMG.



Veja antes de ir:

  • A Inteligência Artificial Generativa está ganhando espaço em diversos setores, inclusive no de saúde. Operadoras de planos, hospitais e clínicas especializadas, laboratórios de diagnóstico e a indústria farmacêutica estão aproveitando as vantagens da IA para melhorar a experiência dos pacientes e otimizar o trabalho; Veja como!

  • Identificar ameaças ambíguas e resolvê-las não é uma tarefa fácil. Segundo estudo da Harvard Business Review, a maioria dos funcionários não toma atitude quando suspeita de um problema incerto. Entenda o problema do silêncio dos colaboradores e como evitar esse comportamento!

  • Apesar da IA otimizar o fluxo de trabalho, ela está fomentando disparidades sociais. As diferenças na educação brasileira contribuem para a exclusão digital, já que pessoas com menos escolaridade enfrentam desafios constantes para utilizar as ferramentas de IA.

Esta newsletter é produzida pela Wex com a curadoria de conteúdos da Coonecta,
uma empresa especialista em conteúdos para o cooperativismo.