ANO 5 | Edição Março 2025
O que faz líderes inspiradores?
Qual é a parte mais estressante do seu dia de trabalho? Para 75% dos funcionários de diversas organizações do mundo, esse estresse é causado pelo chefe, segundo pesquisa da McKinsey.
No Brasil, o cenário não é tão diferente. Um em cada quatro profissionais diz não se sentir inspirado pelos seus líderes.

Esses dados levam a uma reflexão sobre qual o verdadeiro papel das lideranças. Se antigamente era aceitável, comum até, que o perfil dos chefes fosse o de uma pessoa controladora e autoritária, hoje o mercado mudou. Funcionários buscam trabalhar com relações mais horizontais e transparência.
Nessa realidade, substantivos relativamente novos no vocabulário dos CEOs, como humildade, vulnerabilidade e empatia, passam a ser fatores determinantes para o sucesso das lideranças e dos seus negócios.
Para o crescimento e fortalecimento de uma marca, é essencial enxergar a força do coletivo. Afinal, um CEO que reconhece a potencialidade do seu time e está disposto a aprender com ele, tem ao seu lado diversas pessoas dispostas a impulsionar seu crescimento e desenvolvimento.
Chance de transformação
A Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1), responsável por estabelecer regras que assegurem a saúde e segurança no trabalho, passou por alterações que entram em vigor em maio de 2025.
Seguindo a tendência do mercado de se atentar cada vez mais ao bem-estar coletivo, as mudanças na legislação tornam obrigatório a adoção de
medidas preventivas para proteger a saúde mental dos trabalhadores.
Para isso, as lideranças devem realizar um levantamento dos riscos psicossociais no time e implementar programas de saúde mental.
Mas será que apenas cumprir essas normas é suficiente para termos equipes mais saudáveis e satisfeitas?
É o que questiona Fernanda Bornhausen, em sua coluna para MIT Sloan Review Brasil.
Entenda como a nova norma pode ser um convite para repensar a saúde mental dentro do trabalho e como gestores podem
usar a NR-1 para transformar a liderança nas cooperativas.
O que significa ser um bom líder?
Existem diversos tipos de liderança e formas de gerir um time. Buscando entender qual é a melhor maneira, ou pelo menos a mais correta, Colin Talbot percebeu que diversos conselhos e regras espalhados pelo mundo afora sobre o tema eram um tanto contraditórios.
Professor emérito da Universidade de Manchester e pesquisador associado na Universidade de Cambridge, Colin estudava a fundo sobre o assunto, quando se deparou com a seguinte frase do livro “A Company of Leaders”, de Grechen Spreitzer e Robert Quinn:
“Imagine uma empresa onde os funcionários de todos os níveis tomam iniciativas sem precisar de incentivo, onde todos os funcionários agem por um interesse coletivo da organização. Resumindo, imagine por um momento o que significaria ter uma empresa de líderes?
A frase o fez refletir, afinal, essas “melhores empresas” soam notavelmente como cooperativas. Colaboração e, principalmente, adaptação são essenciais quando discutimos gestão e cooperativas.
Confira o artigo completo no CoopNews.
IAs podem levar etarismo para processos seletivos
O uso da inteligência artificial em processos seletivos está ficando cada vez mais comum. A ferramenta tem sido uma grande aliada para profissionais de recrutamento e seleção.
Mas, apesar das facilidades, é preciso ter um cuidado redobrado.
Uma
reportagem do Você RH chama atenção para o etarismo dentro das IAs que pode estar dificultando a contratação de profissionais mais velhos. Alguns algoritmos usados em processos de seleção podem favorecer candidatos mais jovens em detrimento dos mais experientes.
Muitas ferramentas se baseiam em suposições preconceituosas sobre habilidades, adaptabilidade ou potencial de aprendizado de gerações mais antigas.
Entender os vieses que direcionam tais ferramentas é necessário para combater o problema.
Além disso, ter colaboradores mais velhos em empresas de tecnologia é importante para contornar a situação.
O poder da experiência
Segundo relatório da Gartner, vivemos em uma “crise de oferta de expertise”. A saída dos colaboradores seniores, que estão se aposentando em ritmo acelerado, e outras questões geracionais - como o etarismo das IAs citado acima - vem afetando a capacidade de inovação e a continuidade dos negócios.
Essa geração de funcionários carrega anos de vivência e aprendizado, sendo eles os responsáveis pela transmissão de boa parte do conhecimento institucional dos negócios.
Além disso, a chegada dos avanços tecnológicos está substituído tarefas básicas do dia a dia do trabalho, realizando atividades que antes eram importantes para as novas gerações terem um aprendizado prático.
Tudo isso leva a uma dificuldade para os novos talentos se desenvolverem de forma rápida e eficaz. Entenda a importância de reter os conhecimentos dos funcionários 50+, para não perder a sabedoria que apenas muitos anos de trabalho conseguem alcançar.
Para fechar alianças de sucesso
Parcerias estratégicas são alianças importantes para o desenvolvimento das cooperativas. Por meio delas, as instituições compartilham e combinam recursos, conhecimentos e habilidades.
Por conta disso, o
NegociosCoop reuniu cinco dicas essenciais para fechar parcerias de sucesso. Algumas delas são:
- Conheça seu negócio e defina objetivos: antes de qualquer decisão, conheça sua cooperativa nos mínimos detalhes. Diante de um estudo detalhado, defina objetivos claros.
- Desenvolva uma proposta de valor mútuo para a parceria: desenvolva uma proposta que ofereça vantagens e benefícios mútuos. Mostre à organização parceira seu diferencial diante das concorrentes.
- Mantenha uma comunicação transparente: a transparência permite que possíveis desafios sejam identificados e resolvidos antecipadamente, sem afetar o projeto.
Como fortalecer o relacionamento com o cooperado?
Manter um relacionamento forte com o cooperado é essencial para o sucesso de qualquer cooperativa. Desse modo, contar com estratégias de relacionamento e atendimento ao cooperado precisa ser uma prioridade no seu negócio.
A
Coonecta listou 5 tendências de relacionamento e atendimento ao cooperado que podem auxiliar sua cooperativa. fique por dentro de três delas:
- Inteligência artificial no relacionamento e atendimento ao cooperado: as ferramentas de inteligência artificial já estão sendo usadas em diferentes áreas para aumentar a produtividade e ser um apoio aos profissionais.
- Novas bases da fidelização: muito além de conquistar um cooperado, é preciso trabalhar na sua fidelização. Em especial nas instituições financeiras, a confiança é o ponto-chave.
- Atendimento digital garante fortalecimento da relação: com as inúmeras possibilidades que a internet oferece, os atendimentos digitais são, atualmente, um dos pilares na construção de relacionamentos com cooperados.
Veja antes de ir:
- Atividades quebra-gelo promovem o engajamento e a comunicação do time, estimulando a criatividade e o compartilhamento de ideias dos colaboradores. Confira o
guia prático do InovaCoop "Atividades quebra-gelo para implementar em workshops na sua cooperativa" para aprender mais sobre essas dinâmicas.
- O setor de saúde global está em transformação. A busca por serviços mais inclusivos, com sustentabilidade e eficácia,
exige mudanças profundas e urgentes no ramo, segundo
Gustavo Vilela, sócio-líder de Healthcare da KPMG no Brasil.
- Em 12 de março, o Governo Federal lançou o programa
Crédito do Trabalhador, que traz mudanças significativas para o mercado de crédito cooperativo. Segundo especialistas,
as cooperativas precisarão se reinventar, fortalecer os relacionamentos e avançar tecnologicamente para manter seu espaço.
- A Assembleia Geral Extraordinária (AGE) do Sistema OCB deliberou e aprovou a criação do
Ramo Seguros, após a sanção da Lei 213/25,
que permite uma maior participação das cooperativas no mercado segurador. O propósito é promover o cooperativismo de seguros no Brasil, ampliando
o acesso da população a seguros de maneira mais justa e acessível.
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