ANO 5 | Edição Janeiro 2025
Reinventar para prosperar
Mais de um terço dos executivos brasileiros identificaram aumento de receita graças à adoção da IA generativa, registra a 28ª edição da CEO Survey, um levantamento realizado pela consultoria PwC, que captura as percepções e previsões de líderes corporativos em mais de 100 países ao redor do mundo.
Uma tônica dos dados obtidos pelo estudo é a necessidade de transformação. Ao todo, 44% dos executivos brasileiros ouvidos acreditam que suas organizações vão sobreviver por mais de dez anos se não se reinventarem - na edição anterior da pesquisa, eram 41%.
Apesar das diversas tensões geopolíticas, as perspectivas são positivas: no Brasil, 68% dos CEOs esperam que o crescimento global se acelere nos próximos 12 meses, um forte aumento em relação aos 36% da pesquisa do ano passado. Os brasileiros, aliás, estão mais otimistas do que a média global, que fica em 58%.
Já as grandes preocupações dos líderes do país são a falta de mão de obra qualificada, a instabilidade macroeconômica, riscos cibernéticos, inflação e disrupção tecnológica. A falta de pessoal pode representar um empecilho para a necessidade de reinventar o modelo de negócios, reconhecida por 45% dos CEOs brasileiros.
Busca de novas bases de clientes é a principal ação de reinvenção adoptada no Brasil nos últimos 5 anos.
Principais ações de reinvenção dos CEOs nos últimos cinco anos (apenas respostas "muito" e "extremamente")
O estudo também aborda as perspectivas sobre viabilidade econômica dos negócios, vantagens da ação climática e a melhoria de processos decisórios. Clique aqui para ver o documento completo!
As tendências do cooperativismo de crédito
O cooperativismo de crédito brasileiro vive um momento de crescimento contínuo anos após ano. O Sistema OCB registra que o ramo conta com 17,9 milhões de cooperados. Para manter os bons resultados, é importante ficar de olho nas tendências do setor - e a Coonecta separou seis delas para ficar de olho:
- Criptoativos: o Banco Central está atuando para regulamentar o mercado de criptoativos e realizando uma série de consultas públicas sobre os temas. As cooperativas devem ficar de olho para as oportunidades que vão se abrir a partir dos resultados dessas discussões.
- Atendimento presencial: na contramão dos bancos tradicionais e fintechs, as cooperativas de crédito estão expandindo a presença física com novos postos de atendimento. A proximidade segue sendo um grande diferencial do cooperativismo de crédito.
- Sem esquecer o digital: no entanto, um bom atendimento digital é imprescindível para competir no mercado contemporâneo. O contato multicanal, unindo o físico e o conectado, é o caminho.
- Inteligência Artificial: as ferramentas de IA se apresentam como grandes aliadas da produtividade em diversas áreas de uma cooperativa, desde o atendimento às tarefas administrativas.
- Segurança digital: as fraudes digitais também se aperfeiçoam por meio da inovação. Nesse cenário, as cooperativas financeiras precisam estar atentas para proteger os cooperados e promover boas práticas de segurança por meio da tecnologia e da educação.
- Pagamentos: as cooperativas já estão explorando o setor de pagamentos com bons resultados, mas ainda há margem para crescer com soluções de adquirência e outras inovações.
Para ficar por dentro das principais discussões do cooperativismo financeiro, fique de olho no Coopetch Crédito. Organizado pela Coonecta, o evento vai abordar os temas mais relevantes para o setor nos dias 21 e 22 de maio. Saiba mais clicando aqui!
A transformação do trabalho
O que vai mudar no mercado de trabalho no decorrer dos próximos anos? O relatório Futuro do Trabalho, feito pelo Fórum Econômico Mundial e publicado em parceria com a Fundação Dom Cabral, tenta antecipar o cenário de 2030 e as mudanças que vão acontecer até lá.
O estudo ouviu mais de mil pessoas. Dentre elas, 86% consideram que IA e processamento de informações serão uma das tendências mais transformadoras do período. Os empregos do futuro estarão conectados à inteligência artificial generativa, que pode tanto substituir determinadas funções como potencializar as capacidades humanas em outras.
O fator demográfico também deve passar por transformações. O envelhecimento populacional já impacta diretamente 40% dos empregadores entrevistados, gerando preocupação sobre a disponibilidade de talentos. O fenômeno deve seguir se acentuando.
Integração da juventude
Em 2025, a Geração Z vai representar 1/4 da força de trabalho global. Apesar disso, esses jovens ainda enfrentam dificuldades de adaptação às práticas tradicionais do ambiente profissional, o que tem resultado em frustração e altas taxas de demissão. Nesse cenário, a Forbes reuniu 5 razões que explicam esse fenômeno:
- A geração Z tem uma maior consciência emocional: a Geração Z é mais aberta sobre suas emoções no trabalho, buscando um ambiente que valorize a saúde mental. Líderes devem encontrar um equilíbrio entre empatia e profissionalismo, criando espaços para que os jovens expressem suas preocupações.
- Diferentes estilos de comunicação geram atritos: os jovens preferem uma comunicação direta e informal, o que pode gerar atritos com gerações mais tradicionais. É importante que líderes promovam a compreensão mútua e incentivem o diálogo para evitar mal entendidos.
- O vácuo de feedback é uma barreira para o crescimento: diante da busca por feedbacks constantes, os líderes devem oferecer orientação e apoio constante, ajudando os jovens a desenvolverem suas habilidades e a se adaptarem ao ambiente de trabalho.
- Valores desalinhados criam conflitos: a Geração Z prioriza inclusão, flexibilidade e propósito, o que pode gerar conflitos com valores mais tradicionais. É fundamental estabelecer expectativas claras e promover o respeito mútuo em prol da harmonia.
- Os ambientes de trabalho não atendem às expectativas: os jovens chegam ao mercado com grandes expectativas, mas podem se frustrar com a realidade. Desse modo, as lideranças têm que ouvir suas demandas, oferecer oportunidades de crescimento e criar um ambiente de trabalho de motivação e valorização.
Desafios da sucessão
A Geração Z, que cresceu com a internet, está chegando ao mercado de trabalho com novas ideias e prioridades. Eles buscam propósito, bem-estar e equilíbrio entre vida pessoal e profissional, o que pode gerar choques com as práticas tradicionais das cooperativas. Apesar disso, esses jovens têm muito a oferecer, especialmente em cargos de liderança, onde podem impulsionar a inovação e a diversidade.
O cooperativismo, com seus valores de colaboração e impacto social, tem tudo para atrair a Geração Z. As cooperativas que se adaptarem às expectativas desses jovens, oferecendo um ambiente de trabalho flexível e investindo em seu desenvolvimento como líderes, poderão colher os frutos dessa parceria.
Para integrar a Geração Z, as cooperativas precisam se modernizar, adotar novas tecnologias e promover a inclusão. Programas de treinamento e mentoria podem ajudar os jovens a desenvolverem suas habilidades de liderança e se sentirem confiantes para assumirem cargos de gestão e, assim, fortalecer a sucessão no cooperativismo.
A Coplacana e o Sistema Cresol são exemplos de cooperativas que já estão investindo na atração e desenvolvimento de jovens líderes. Veja o material que o InovaCoop preparou sobre o tema!
Vitória do cooperativismo
O governo federal sancionou o Projeto de Lei Complementar (PLP) 68/2024, que regulamenta a Reforma Tributária para o consumo preservando os pleitos do movimento cooperativista. O texto mantém a definição do adequado tratamento tributário ao ato cooperativo.
Além disso, a lei contempla a inclusão de dispositivos que asseguram segurança jurídica, maior eficiência, competitividade e fortalecimento das cooperativas no país. Os pleitos atendidos na nova Lei Complementar incluem, dentre outros:
- Dedução integral dos custos com repasses de honorários aos cooperados de operadoras de planos de saúde.
- Definição de hipóteses de redução de alíquota nas operações entre cooperativa e cooperado.
- Preservação da não cumulatividade entre singulares e centrais.
- Não incidência tributária sobre o beneficiamento realizado pelas cooperativas.
Veja antes de ir:
- O varejo de alimentos é um setor que sente rapidamente qualquer mudança nos hábitos de consumo. Nesse cenário, a consultoria McKinsey reuniu as principais tendências desse mercado, que vive um momento de transformações incessantes e pode antecipar mudanças em outros segmentos.
- A edição de 2025 do documento anual Good Group, da consultoria EY, registra exemplos práticos, notas explicativas e referências para apoiar organizações de todos os segmentos na elaboração de suas próximas demonstrações financeiras, em linha com os últimos pronunciamentos técnicos contábeis e novas normas.
- No Blog do Ibre, Matheus Ribeiro e Livio Ribeiro argumentam que a tramitação da Reforma Tributária criou um “trilema” entre o limite superior à alíquota do IVA, a manutenção do nível de arrecadação (alíquota-neutra) e o número de exceções à alíquota-base.
|