Edição Junho, Ano 4

 
 
 

O investimento em IA é alto. Quando vem o retorno?

O mercado corporativo abraçou com força a inteligência artificial em uma velocidade impressionante e com grandes investimentos. Agora vem a parte complicada: como obter retorno financeiro?

A consultoria Bain & Company fez um levantamento com 200 organizações dos Estados Unidos que atuam em diversos segmentos do mercado, como tecnologia, varejo, saúde e serviços financeiros. Os dados obtidos mostram que 85% delas colocam a IA como uma de suas cinco principais prioridades. Em média, essas companhias estão investindo US$ 5 milhões por ano em inteligência artificial generativa. Mas como está sendo o retorno de todo esse gasto?

Na maioria dos casos, as instituições dizem que a IA atingiu suas expectativas iniciais. No entanto, ainda falta clareza sobre as aplicações da tecnologia nos negócios e como isso vai gerar receita. Apesar da pressa para adotar a inteligência artificial, somente 11% dos participantes do estudo sabem dizer como a IA vai gerar valor para seus produtos e serviços.

A pesquisa também levantou os principais pontos de preocupação sobre o tema. A segurança de dados é uma questão que dá dor de cabeça para quem implementa inteligência artificial. A falta de capacitação técnica interna é outro fator de atenção.

Após a euforia inicial, as companhias estão tentando identificar como obter e mensurar o retorno do investimento que fizeram com a inteligência artificial. Gene Rapport, especialista em IA da Bain & Company, entende que as organizações têm uma expectativa de que a tecnologia vai melhorar a produtividade e a eficiência de seus colaboradores, mas poucas delas conseguem explicar como isso vai acontecer.

 

 
 
     
 
 
   


 

O conhecimento
que se perde

Conhecimento é um bem extremamente valioso no meio corporativo. Acontece, porém, que muitas organizações não têm uma cultura de compartilhamento do conhecimento. Assim, quando um funcionário sai, muita informação vai embora junto. Anna Garcia, fundadora e sócia da Altari Ventures, refletiu sobre o tema em um artigo para a Fast Company.

Para ela, a perda de conhecimento institucional tem impactos imediatos e de longo prazo em todos os setores. As consequências vão desde a perda de clientes até gastos gigantescos com processos de recrutamento, passando por oportunidades perdidas de inovar.

Segundo uma estimativa da Sugarwork, uma plataforma de gerenciamento de conhecimento baseada em IA, as empresas da Fortune 500 perdem US$ 31,5 bilhões por ano devido à saída de pessoas que possuem conhecimento essencial para o negócio.

Isso também acontece devido à falta de documentação sobre informações, dados e processos importantes para a operação. Dessa forma, é ainda mais difícil transmitir conhecimento entre as pessoas.

Como lidar com isso? Bem, o primeiro passo é transformar essa questão em um problema da liderança estratégica do negócio, e não somente do setor de RH. A manutenção do conhecimento precisa ser uma prioridade corporativa, já que essa questão pode ter impactos profundos nos resultados.

 

 
 
     
 
 

De olho no WCM 2024!

Em 2024, o WCM completa 10 anos.

Para comemorar, estamos preparando uma programação especial para inspirar as cooperativas a liderar a visão de um futuro mais ético, sustentável e consciente. Diante disso, já temos nomes confirmados para o Palco Mundo!

Veja quais são alguns deles:

● Nathan Schneider: professor de Estudos de Mídia na Universidade do Colorado.

● Howard Brodsky: cofundador, presidente e co-CEO da CCA Global Partners.

● Michael Flynn: diretor de Educação Executiva na Trinity Business School.

● João Branco: eleito o Profissional de Marketing mais admirado do Brasil pela Scopen.

● Clóvis de Barros: filósofo e livre-docente pela Escola de Comunicações e Artes da USP.

● Carlinhos Brown: músico e compositor brasileiro, membro da Academia do Oscar.

Além do palco principal, o WCM 2024 terá palcos paralelos.
O Cooptech Summit foca na inovação cooperativista. O HR Coop Conference, por sua vez, é um encontro de lideranças para discutir a gestão de pessoas. Ambos são realizados pela Coonecta.

Já o EmpreendaCoop, feito em parceria com a MundoCoop, se dedica ao empreendedorismo cooperativista.

Por fim, o Palco 360 terá diversas apresentações transmitidas online.

Fique de olho para mais novidades!

 
 
     
 
 

Nem mesmo as IAs são perfeitas

As inúmeras tecnologias e inovações animam muitos executivos e organizações - afinal, quem não gosta de tornar o trabalho mais rápido e eficiente? No entanto, nem sempre as IAs cumprem o papel desejado, causando certa decepção.

Segundo a Pesquisa sobre Tendências Digitais em Operações 2024 da PwC, quase 70% dos investimentos em tecnologia no setor de operações e da cadeia de suprimentos não apresentaram o resultado esperado.

Em alguns casos, as organizações acabam investindo em diversas tecnologias ao mesmo tempo e não enxergam como elas trabalham em conjunto. Por conta disso, os gastos acabam se sobressaindo - e é claro que ninguém gosta de ver a conta no negativo.


Mas, segundo a PwC, isso não é um problema intrínseco às tecnologias. Confira mais sobre o assunto neste artigo!

 
 
     
 
 

Ventos de mudança:
o futuro das biofarmacêuticas e da tecnologia médica

E as novidades tecnológicas também afetam o mercado de saúde! Preocupada com o que isso pode significar para o desenvolvimento das estratégias das organizações, a Delloite elaborou a pesquisa Perspectiva para Life Sciences 2024.

Ao conversar com 121 executivos, a instituição entendeu que, para 2024, seis fatores influenciam diretamente a produção de remédios e de ferramentas médicas. A grande preocupação da alta administração é que os preços dos medicamentos e as alterações regulamentares causem impacto em suas empresas e nas estratégias escolhidas. Otimistas com o futuro da tecnologia médica, os entrevistados elencaram os fatores que vão influenciar o desenvolvimento de estratégias durante 2024:

● IA generativa
● Economia e inflação
● Investimentos em inovação
● Talento e mão-de-obra
● Equidade
● Cadeias de suprimentos

 
 
     
   
     
 
 

Colaborando por um mundo mais musical

Em uma indústria tão competitiva quanto a musical, ouvir sobre um espaço onde se pode trabalhar em conjunto para o sucesso de todos é música para o ouvido dos artistas. Por essa razão, as cooperativas de música vem fazendo cada vez mais sucesso dentro e fora do Brasil.

Algumas dessas coops focam em prestar apoio aos músicos, com workshops, programas de segurança alimentar e até parcerias com gravadoras. Já outras organizações oferecem aulas de música para a comunidade e trabalham em propagar o cooperativismo por meio da arte.

Por outro lado, há cooperativas que funcionam como plataformas de streaming musical, mas com um preço mais justo que o convencional.

Essas organizações também direcionam a maioria dos lucros para os artistas, ao invés de mantê-los nas mãos de poucos. Existe até uma arena de show cooperativista, que se preocupa em criar projetos totalmente focados na comunidade ao seu redor - além de contar com concertos de grandes artistas!

 
 
     
 
 

Inspiração tecnológica

Que a inteligência artificial está transformando negócios e a forma de trabalhar, todos já sabem. Porém, pouco se dá conta do quão avançada está a atuação da IA - e os benefícios que vem com esse desenvolvimento.

Em todo o mundo existem casos inspiradores de projetos que utilizaram a tecnologia de uma forma nunca antes imaginada. Desde ferramentas digitais que diagnosticam raios-x com a mesma eficiência que um radiologista humano até as que conseguem prontificar um atendimento ao cliente 24 horas por dia, a IA ajuda as empresas de diversas maneiras.

Nesse cenário, o auxílio robotizado já encontrou o cooperativismo. Diversas organizações utilizam desse artifício para bolar soluções inovadoras, como sugerir melhorias específicas para cada plantação. Esse é um caso real da coop Fonterra, que se uniu a Connecterra para desenvolver uma assistente digital no campo.

Conhecer esses usos surpreendentes da inteligência artificial é uma ótima inspiração para quem busca aplicar a tecnologia em suas cooperativas. Para saber de mais cases de IA ao redor do mundo, leia o post do InovaCoop.

 
 
     
 
 

Leia antes de ir:

● As novas tecnologias são parte do nosso cotidiano - e tudo indica que estarão ainda mais presentes no futuro. Porém, é possível unir essa realidade próxima com os ideias de uma sociedade mais justa, equitativa e sustentável? É em torno desse questionamento crucial que Martha Gabriel desenvolve o livro O Futuro é Coop, publicado pelo Sistema OCB.

● Martha Gabriel também palestrou no 15º Congresso Brasileiro do Cooperativismo. No evento, ela bateu um papo com o Sistema OCB e contou um pouco da sua trajetória com o cooperativismo. Além disso, ela discutiu tópicos do seu novo livro, abordando o “Paradoxo do Poder” e as cooperativas como chave para um futuro mais próspero e sustentável.

O Cooptech Crédito, evento organizado pela Coonecta, teve sua segunda edição em 2024. O congresso, dividido em dois dias, discutiu inovação e negócios do cooperativismo de crédito brasileiro com uma abordagem ambidestra que explora os desafios do presente e os caminhos para o futuro do setor.

● Em 2023, o agronegócio brasileiro exportou US$ 166,5 bilhões. E as cooperativas contribuíram para esse montante! A internacionalização é uma ótima oportunidade para o cooperativismo agropecuário, que tem a chance de expandir seu mercado mundialmente.

 
 
     
 

Esta newsletter é produzida pela Wex com a curadoria de conteúdos da Coonecta,
uma empresa especialista em conteúdos para o cooperativismo.

web facebook linkedin instagram youtube