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Edição Maio, Ano 4 |
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Por dentro do 15° Congresso Brasileiro do Cooperativismo
O 15° Congresso Brasileiro de Cooperativismo aconteceu entre os dias 14 e 16 deste mês, em Brasília, com o tema “Projetando um futuro mais coop”. Organizado pelo Sistema OCB, o encontro reúne o setor cooperativista braseileiro a fim de construir o panorama e traçar as estratégias para os próximos anos de forma democrática.
Além disso, o CBC teve uma programação cheia de apresentações e palestras sobre temas relevantes para as cooperativas.
Durante a abertura do evento, Márcio Lopes Freitas, presidente do Sistema OCB, reforçou a importância de
unificar o olhar para o futuro e mirar um horizonte em comum:
“O cooperativismo é um modelo de negócios de sucesso, que gera resultados e está, cada vez mais, se profissionalizando, avançando e cumprindo suas tarefas socioeconômicas. Temos espaço para nos desenvolvermos ainda mais, com muita aceitação das novas gerações e com as respostas que a sociedade busca, atualmente", disse.
Como meta, Lopes Freitas quer que o cooperativismo consiga atingir R$ 1 trilhão em prosperidade para o povo brasileiro e 30 milhões de cooperados até 2027. Ariel Guarco, presidente da Aliança Cooperativa Internacional (ACI), e Graciela Fernandes, presidente da ACI Américas, também marcaram presença na abertura do 15° CBC.
O lançamento da Agenda Institucional do Cooperativismo, que apresenta políticas públicas e projetos de leis de interesse do setor, contou com a participação de autoridades e membros da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop).
“Um ambiente político e regulatório favorável é fundamental para conseguirmos atender às demandas de políticas públicas e ações governamentais que impulsionam ainda mais o cooperativismo enquanto modelo econômico que contribui para o desenvolvimento do país”, acrescentou Lopes Freitas.
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Futurismo cooperativista
A fim de projetar o futuro do cooperativismo, discutir as oportunidades e antecipar os desafios, o 15° CBC teve apresentações de grandes futuristas. Romário Ferreira, da Coonecta, esteve presente no congresso e acompanhou as palestras de grandes nomes que
apresentaram visões únicas sobre o que espera as cooperativas:
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Grandes mudanças: Amy Webb, futurista do Future Today Institute e figurinha carimbada no SXSW, falou que estamos no superciclo tecnológico graças aos avanços em inteligência artificial, internet das coisas e biotecnologia. Esta última pode ser uma grande aliada das cooperativas agropecuárias, proporcionando a produção de leite sintético, por exemplo.
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Exponencialidade: o empreendedor Salim Ismail falou sobre o crescimento exponencial baseado em IA. Segundo ele, temos um acesso sem precedentes à tecnologia. É como um tsunami de inovação. Conforme a inteligência artificial avança e se torna cada vez mais presente no mundo, as cooperativas precisam se preparar para as inevitáveis mudanças.
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Projeto de futuro: a futurista Martha Gabriel, por sua vez, lançou o livro “O Futuro é Coop” e apresentou sua palestra com o mesmo tema. Para ela, as cooperativas já ocupam espaços de protagonismo como um modelo de negócios naturalmente alinhado à agenda ESG. Ela também diz que o setor tem que se unificar a fim de construir uma identidade própria, compartilhando a credibilidade e a reputação.
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Tecnologia e fidelização como pilares do consumo
O mercado de consumo está otimista em 2024.
A demanda está em uma curva de crescimento e os negócios seguem em busca de diversificar seus portfólios. Animados com a inteligência artificial generativa, os líderes do setor estão reinventando suas estratégias para construir confiança, cultivar a lealdade, impulsionar a inovação e estimular o crescimento.
Conforme os avanços tecnológicos ganham espaço na vida das pessoas, quase 60% dos líderes do setor de consumo estão decididos a investir em tecnologias emergentes. Além disso, 73% deles esperam usar a IA generativa para apoiar novos modelos de negócios.
Nesse cenário, a fim de satisfazer as expectativas cada vez mais elevadas dos consumidores já bastante ambientados com o uso da tecnologia, as organizações estão investindo em atualizações de seus sistemas, ferramentas tecnológicas e capacitação das equipes.
A interação com o cliente está mudando, também.
As tecnologias emergentes abrem novas possibilidades para personalizar e melhorar as experiências do cliente, gerando fidelização. Confira mais insights sobre consumo na
pesquisa Tendências de consumo 2024, da consultoria PwC!
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Consumidor zero
Você provavelmente é um “consumidor zero”, assim como muita gente no Brasil e no mundo.
É isso que dizem Bruno Furtado e Pedro Fernandes, sócios da consultoria McKinsey. Mas o que é um consumidor zero e por que isso importa?
O consumidor zero está de olho na inflação e vê o orçamento apertar cada vez mais. Com os bolsos mais vazios, esse consumidor deixa a lealdade às marcas um pouco de lado e dá mais importância aos preços. Trata-se, portanto, de um perfil que está testando a resiliência dos setores consumo e varejo.
Diante desses receios, os brasileiros se mantêm austeros na hora de comprar. Um a cada três consumidores está fazendo trocas por produtos mais baratos! No entanto, 45% dos entrevistados preveem indulgências a curto prazo - como comprar roupas novas ou calçados.
Além disso, a experiência online nunca foi tão importante para a jornada de consumo quanto agora. Dentro desse contexto, a estratégia omnicanal já fisga 63% dos brasileiros pertencentes às gerações Z e Millennial.
Ou seja, a mudança não é só tecnológica. Entender os hábitos comportamentais também é imprescindível!
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Tecnologia para os exigentes
Em meio a tudo isso, brasileiros estão também mais exigentes,
indica o estudo EY Future Consumer Index. Os preços importam, mas a qualidade dos produtos e serviços ainda são grandes diferenciais. Na prática, o consumidor brasileiro espera mais das marcas, mas não está disposto a pagar por isso.
É possível inferir que o novo patamar de exigência dos clientes sofre a influência, ao menos em parte, dos avanços tecnológicos. Agora, comprar online é mais conveniente. Os negócios, então, precisam oferecer uma boa jornada de compra. A inteligência artificial se apresenta como uma aliada.
Os consumidores confiam na IA para fazer lembretes de compra e visualizar melhor os produtos, mas ainda são céticos em relação às recomendações personalizadas. Tendo em vista a familiaridade e o interesse do brasileiro pelo tema, as organizações precisam planejar uma adoção estratégica da IA na busca pela competitividade.
A tokenização da economia descreve um processo baseado na tecnologia de blockchain em que ativos físicos ou instrumentos financeiros são transformados em tokens digitais. Ou seja: um token é a representação digital de um ativo físico.
Há estimativas de que a economia tokenizada representará US$ 16 trilhões entre 2027 e 2030. Isso representa cerca de 10% do PIB global. Grande parte desse crescimento esperado se deve às CBDCs, moedas digitais emitidas por um banco central.
Até o momento, 11 países já lançaram suas CBDCs. A China é parte desse grupo, com o yuan digital. A União Europeia está desenvolvendo o euro digital, também. E no Brasil, o Real Digital está no forno.
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Foco nas pessoas
No cooperativismo, as pessoas estão no centro de tudo. Incentivar o engajamento e fidelidade dos cooperados é essencial para o crescimento da cooperativa. Diante disso, a Coonecta preparou um
e-book com tudo que você precisa saber sobre a gestão de pessoas no cooperativismo. São seis caminhos:
1. Recrutamento e seleção: tudo começa na montagem das equipes. Essa fase é essencial para encontrar perfis que mais combinem com a vaga e com a cultura da cooperativa. A inteligência artificial já fornece ferramentas de apoio ao processo.
2. Onboarding e engajamento: integrar os novos talentos aos valores da cooperativa faz toda a diferença. É fundamental que o novo colaborador entenda como esse modelo de negócios funciona e o que o diferencia das empresas mercantis.
3. Aprendizagem: apostar no treinamento dos membros da equipe oferece a eles um crescimento profissional que reflete diretamente no desempenho do negócio. Conteúdos ágeis e aprendizado contínuo devem estar no radar das cooperativas.
4. Diversidade e inclusão: as lideranças precisam fomentar a diversidade e a equidade nas equipes. A inclusão de diferentes grupos é essencial para garantir a inovação, uma vez que ela surge com o encontro de perspectivas.
5. Marca empregadora: uma gestão de pessoas eficiente pode representar um diferencial para sua cooperativa. Fortalecer o employer branding não apenas auxilia na atração de novos talentos como também atua na retenção desses profissionais.
6. Benefícios: em um mercado competitivo, prover um ambiente de trabalho positivo acaba se tornando um diferencial. Com a tendência das novas gerações de cuidar do corpo e da mente, ter recursos que auxiliam na manutenção de uma vida saudável é muito importante.
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Conhecer para crescer
A inteligência artificial está por todos os lados - inclusive dentro das organizações! É o que mostra o estudo da Microsoft em conjunto com o LinkedIn
“A IA já chegou ao trabalho. Agora vem a parte difícil”.
De acordo com a pesquisa, no último ano a ferramenta impactou diretamente o modo com que as pessoas trabalham, contratam e lideram no ambiente de trabalho.
O relatório mostrou que, no Brasil, 83% dos profissionais já estão utilizando a inteligência artificial no dia a dia. E o conhecimento da ferramenta tem impactado os critérios de contratação: 58% dos líderes brasileiros afirmam que não contratariam alguém sem habilidades de IA.
Apesar da relevância do domínio da tecnologia, a pesquisa também apontou que apenas 39% dos usuários receberam treinamento de inteligência artificial das empresas.
Por isso, os profissionais têm buscado se aprimorar por conta própria e a venda de cursos técnicos sobre IA têm crescido cada vez mais.
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Leia antes de ir:
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A inteligência artificial é uma tendência que tem crescido no ambiente de negócios.
A tecnologia pode ser utilizada para desenvolver soluções inovadoras dentro das cooperativas! Por isso, a Coonecta separou
seis iniciativas que exemplificam o uso da IA no cooperativismo para você ficar por dentro dessa tendência!
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Entender o panorama de inovação das cooperativas brasileiras é essencial para traçar estratégias para sua coop. Pensando nisso,
o InovaCoop preparou um e-book recheado de dados e estatísticas do cooperativismo, além de dicas de como encontrar fontes de fomento para executar projetos inovadores e algumas lições que podem ser aprendidas com a economia mais inovadora do mundo.
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A logística reversa é uma ótima maneira de implementar práticas sustentáveis na sua cooperativa.
Em meio a fomentação de agendas ESG nas organizações, a iniciativa surge como uma das principais soluções para lidar com desperdícios e incentivar uma economia mais verde. Você pode conferir mais sobre essa atividade no
artigo do NegóciosCoop!
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Por muito tempo, as pessoas enxergaram o sertão nordestino como um lugar onde oportunidades não floresciam.
Porém, essa realidade mudou nos últimos anos - e em parte, por conta do cooperativismo.
Um episódio da série SomosCoop na Estrada, mostrou um pouco do impacto da Arteza, a Cooperativa de Artesãos e Curtidores de Couro, na economia local e na vida dos cooperados.
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