Edição Fevereiro, Ano 4

 

Como, afinal, gerar valor
a um negócio?

A percepção do que gera valor muda conforme o zeitgeist - isto é, com espírito do tempo, que tem a ver com o clima intelectual, sociológico e cultural. Nos negócios, o grande desafio é alinhar as tomadas de decisão ao espírito do tempo, aproximando a cooperativa de consumidores, cooperados e todos os outros públicos de interesse relevantes.

Isso quer dizer que a ideia de como gerar valor se transforma. As cooperativas precisam, então, estar atentas a essas mudanças para que sigam competitivas e relevantes, mesmo com as mudanças no espírito do tempo. É necessário, portanto, modernizar a visão sobre valor.

No atual contexto, a geração de valor não inclui apenas clientes e cooperados, mas também as comunidades e os órgãos governamentais, por exemplo. Mesmo sem gerar valor imediato para consumidores, um projeto que impacta a sociedade enriquece a reputação de uma cooperativa. Qual a maneira mais eficaz para seguir esse caminho? A inovação!

Os gestores têm que ser capazes de identificar novas oportunidades e pensar formas de manter o negócio competitivo em meio à volatilidade dos mercados. Isso, claro, sem abrir mão do desempenho no presente. É a tal da ambidestria organizacional.

Essa discussão fica ainda mais importante no momento em que a inteligência artificial está ganhando tração e impactando o mundo corporativo. A nova tecnologia precisa ser usada como uma ferramenta para gerar valor, e não como um fim em si mesma. Essa é uma armadilha que pode ser evitada com uma política de inovação voltada à geração de valor. Mergulhe nesse assunto conferindo o artigo da MIT Sloan Review!

 



 

O que acontece com quem não inova?

Deixar de inovar significa correr sérios riscos. A inovação, afinal, proporciona evolução e adaptação às novas dinâmicas de mercado, consumo, negócios e trabalho. Diante disso, o InovaCoop explicou como a ausência de uma cultura inovadora representa uma grande fragilidade para as cooperativas

Dados indicam que a falta de inovação é o fator que mais atrapalha o crescimento do Brasil no longo prazo. O país, no entanto, está progredindo no Índice Global de Inovação, e as cooperativas precisam acompanhar esse movimento. Alguns dos riscos para quem não acordar logo para a necessidade de inovar são:

  • Atraso tecnológico: em meio a uma série de novas tecnologias, como a IA e os pagamentos digitais, uma cooperativa que deixar de inovar vai ficar parada no tempo, enquanto a concorrência adota ferramentas novas, aprimora processos e impulsiona vendas.

  • Baixa produtividade: estudos mostram que há uma relação íntima entre a falta de inovação e a baixa produtividade nos negócios. Inovações em tecnologia, metodologias e gestão aumentam a eficiência das organizações como um todo.

  • Falência: deixar de inovar pode ser fatal. Exemplos disso não faltam - é só lembrar da Atari e da Blockbuster que perderam o bonde da inovação, entraram em uma zona de conforto, perderam competitividade e, por fim, faliram.

A inovação pode até ser incerta e não há garantias de obter grandes resultados. Deixar de inovar, contudo, significa traçar um caminho bem mais previsível - e indesejado



Resolver problemas
ainda é tarefa de gente

A inteligência artificial chegou com força e está mudando muita coisa no mundo corporativo. Só que um estudo do Boston Consulting Group repercutido pela Business Insider aponta que as pessoas têm percepções erradas sobre as forças e fraquezas da IA.

A pesquisa mostrou que ferramentas de inteligência artificial generativa têm uma grande contribuição com tarefas criativas. A IA consegue potencializar a geração de novas ideias e melhorar a performance de profissionais criativos.

No entanto, na hora de tomar decisões, os humanos se saem muito melhor. Pessoas são muito mais eficazes do que a IA na hora de resolver problemas. Mesmo quando as soluções propostas por uma IA são ruins, as pessoas acreditam mais do que deveriam em sua capacidade.

Lição do dia: não deixe os robôs fazerem escolhas relevantes por sua cooperativa. Acredite mais no potencial humano.

A arte de fechar negócios

Sabemos que para fazer negócios e crescer, negociações são necessárias. Entretanto, não é sempre que apenas uma proposta formal consegue convencer possíveis clientes e parceiros.

Para alcançar o resultado desejado, lideranças com técnicas de negociação são essenciais. Pensando na urgência de adquirir a habilidade de negociar, o NegóciosCoop separou nove técnicas para você estudar e ficar preparado:

1. Conheça a fundo o que está sendo negociado;
2. Defina previamente os limites aceitáveis;
3. Estude e ouça o interlocutor com empatia;
4. Esteja preparado para possíveis objeções;
5. Forneça mais de uma opção;
6. Apresente os valores primeiro;
7. Imprima um senso de urgência;
8. Ofereça algum bônus;
9. Conheça a Metodologia SPIN.


 
Conquistando a Geração Z

Cada geração tem suas características e importância na sociedade. No entanto, é impossível negar que, atualmente, a Geração Z está ocupando um espaço cada vez mais relevante na sociedade e nos negócios.

Os jovens dessa geração, nascidos entre 1995 e 2010, somam cerca de 30 milhões de brasileiros, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa garotada também é protagonista da mudança na forma de consumo.

Considerando a grande influência da Geração Z nos negócios e na economia brasileira, é necessário adaptar as estratégias de marketing. Pensando nisso, Gabriel Pianaro, especialista em marketing, elencou algumas táticas que podem ser colocadas em prática:

● Foque na sustentabilidade;
● Use as redes sociais certas para o público-alvo;
● Produza conteúdos divertidos e compartilháveis;
● Tenha um site responsivo e checkout transparente;
● Aposte em influenciadores e tenha posicionamento;
● Ofereça experiências personalizadas
● Use provas sociais ao seu favor;
● Tenha promoções atraentes;
● Construa uma comunidade online.

 

 

As reuniões que poderiam ser e-mails

Com os modelos híbrido e remoto de trabalho cada vez mais populares, empresas adicionaram inúmeras reuniões ao longo do expediente. Segundo o Work Trend Index 2023, a prática, vista como uma maneira de controle da equipe, acabou diminuindo a produtividade dos trabalhadores.

O excesso de encontros que poderiam ser e-mails também representa uma das causas para a piora na saúde mental dos colaboradores. Pensando em evitar reuniões desnecessárias e demoradas, o portal Fast Company compartilhou algumas dicas:

● Duração: reserve 50 minutos para reuniões estratégicas e 25 minutos para tomadas de decisão.

● Líder designado: para o encontro seguir os objetivos propostos, defina uma pessoa para liderar o papo.

● Número de participantes: estabeleça um número de integrantes, sem exageros.

 
Transformações artificiais nas carreiras

Os maiores impactos da IA no mercado de trabalho ainda estão por vir. Isso não quer dizer, no entanto, que as máquinas vão tomar lugar dos humanos. Em vez disso, os robôs inteligentes irão criar novas funções e revolucionar uma série de atividades.

Esse é o ponto de vista da consultoria Robert Half, especializada em recursos humanos. Essas são algumas carreiras criadas ou modificadas pela IA:

● Engenheiro de prompt: elaborar bons comandos é essencial para obter resultados com as ferramentas de IA. Será cada vez mais importante dominar as técnicas para interagir com a inteligência artificial.

● Gerente de transformação digital: à medida que os negócios adotam a IA e outras tecnologias, a transformação digital ganha em complexidade. Nesse cenário, essa nova função fica responsável por guiar as mudanças necessárias.

● Departamento jurídico e governança: com as novas tecnologias, surgem novos desafios legais e de governança. De que maneira é seguro, ético e legítimo usar a IA? Essa pergunta precisa de respostas.

 

 
O dilema da encruzilhada

Conforme a carreira progride, muitos profissionais se encontram em uma situação que demanda uma decisão relevante: virar líder ou se manter como especialista?

Muitas pessoas sem perfil de liderança acabam caindo na armadilha de aceitar um cargo de gestor graças à remuneração maior. No entanto, o plano de carreira em Y está se tornando uma realidade.

A carreira em Y busca solucionar um problema comum, quando um colaborador segue se destacando e ganhando promoções, até que chegam a um ponto em que a próxima progressão é para um cargo de liderança. Mas nem todo mundo quer seguir esse caminho.

A ideia, com isso, é que as pessoas possam escolher se assumem posições de liderança ou se mantêm suas funções especializadas, mas com salários e benefícios maiores. Promover alguém para um cargo de chefia nem sempre é a decisão ideal, mas isso não pode significar estagnação. Esse movimento ainda é tímido no Brasil. Você acha que a ideia vai pra frente?
 

Leia antes de ir:

  • O Fórum Econômico Mundial de Davos de 2024 aproveitou a reunião anual para discutir a importância da inteligência artificial, da sustentabilidade e de ideias inovadoras para o crescimento econômico mundial. Para deixar as cooperativas por dentro das tendências, o NegóciosCoop preparou um panorama com os assuntos de destaque.
     

  • Em 2023, depois dos altos e baixos da pandemia de Covid-19, as taxas de crescimento do varejo por renda e do varejo por crédito aumentaram. No blog do IBRE, três economistas mostram que as perspectivas para 2024 são positivas. Mesmo com taxas de crescimento baixas, pode-se esperar uma menor distância entre o desempenho das duas modalidades.
     

  • O projeto e-COO foi desenvolvido se inspirando nos princípios do cooperativismo de plataforma. A iniciativa visa a criar uma plataforma cooperativa que conectará e possibilitará o comércio entre pequenos produtores e cooperativas. Entenda mais sobre o projeto no blog da Coonecta!

 
 

Esta newsletter é produzida pela Wex com a curadoria de conteúdos da Coonecta,
uma empresa especialista em conteúdos para o cooperativismo.

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