Edição Agosto, Ano 3

 
 

Quem tem medo da inteligência artificial?

 

A inteligência artificial vai acabar com empregos, dominar o mundo e causar um colapso na humanidade. Você com certeza já ouviu ou leu algo parecido. Em meio a tantas especulações catastróficas, a evolução da IA parece uma distopia digna de George Orwell ou H. G. Wells. Mas será que essas preocupações fazem algum sentido na realidade?

A Fast Company reuniu especialistas bastante céticos sobre esse tal potencial destrutivo da IA - e eles explicam os motivos por que esse pessimismo com as novas tecnologia é um bocado exagerado:

 
  • A IA não é tão inteligente assim: a inteligência artificial generativa é muito boa para algumas atividades específicas - como o ChatGPT e a produção de textos. Mas isso não quer dizer que ela tenha uma capacidade real de ser tão esperta quanto os humanos. Na verdade, a IA não é, e nem será, sequer mais esperta do que um cão.

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  • Hype em excesso: quando um assunto entra na moda, as pessoas acabam superestimando o potencial dele. Sim, a IA é impressionante para muitas coisas, porém a tecnologia ainda apresenta muitas limitações.

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  • Subestimando as pessoas: todas as previsões de que a IA vai dominar o mundo cometem o mesmo erro: subestimar a humanidade. Somente as pessoas têm capacidade de raciocinar, enquanto a inteligência artificial é capaz de repetir informações de uma maneira mais sofisticada - e é isso que engana muita gente.

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  • Grandes limitações: a IA é uma repetidora de informações obtidas por humanos. Ela não é capaz de gerar conhecimento e obter insights por si só. Na prática, o superpoder dos modelos de linguagem é a predição - isto é, eles são capazes de antecipar a próxima palavra em uma frase dentro do contexto. Isso não é raciocínio.


  • Informação não é conhecimento: as IAs são muito bem informadas, levando em conta seus bancos de dados gigantescos. Só que o conhecimento é fruto da união entre informação, vivências e sentimentos. Com isso, essas ferramentas são muito boas em emular esperteza, mas não contam com as ferramentas para que sejam inteligentes de fato.

 

Isso quer dizer que as novas tecnologias de inteligência artificial generativa não são lá grande coisa? De forma alguma!

A evolução da IA é impressionante e está abrindo muitas possibilidades para os negócios. Só que para tirar o máximo proveito, é importante entender suas limitações - e parar de temer a rebelião das máquinas.

 


De olhos nos riscos das mudanças

As ferramentas de inteligência artificial generativa estão surgindo e progredindo em uma velocidade alucinante. Esse movimento requer mudanças e adaptações constantes e rápidas – para desenvolvedores de IA, usuários de negócios, investidores e cooperativas.

Para extrair todo o potencial dessa inovação, os negócios devem estar preparados para gerenciar também os seus riscos em relação à privacidade, segurança cibernética, conformidade regulatória, relacionamentos com terceiros, obrigações legais e propriedade intelectual. Esse é um alerta da consultoria PwC.

Equilibrar os riscos e os benefícios de adotar ferramentas de IA nas cooperativas será um fator importante na busca pela confiança do mercado e obtenção de vantagens competitivas. Nesse cenário, o conselho é: para uma ter uma IA confiável, comece pela governança.
 


Uma biblioteca de inovação cooperativista

Inovar é um processo de busca constante por novos conhecimentos capazes de gerar ideias. Dessa forma, nada mais fundamental do que seguir se atualizando para que as cooperativas permaneçam inovadoras.

Diante disso, a Coonecta indicou onde encontrar dezenas de e-books gratuitos sobre inovação voltados especificamente para o contexto cooperativista: no InovaCoop, portal dedicado à inovação do Sistema OCB.

Os e-books do InovaCoop apresentam uma ampla variedade de temas para inovar em diversas áreas. Há desde materiais focados em novas tecnologias que impulsionam a transformação digital até obras focadas na gestão da inovação. Tudo isso passando por temas mais específicos, como LGPD, cooperativismo de plataforma e agenda ESG.

No caminho da revolução sustentável

Poucas fórmulas são capazes de criar reações tão intensas quanto a combinação entre sustentabilidade e inovação. Pilares da revolução sustentável, é muito difícil separar esses dois conceitos.

A nova economia demanda o protagonismo na inovação sustentável - e as cooperativas precisam estar atentas a isso. Essa relação pode ser vista em situações como:

  • Economia circular: o ciclo de produção e consumo precisa ser subvertido. Para tanto, inovações que reduzem desperdícios de materiais e reaproveitam matérias-primas são essenciais.

  • Impacto social: a inovação não precisa ter a ver apenas com lucros e resultados. Ela pode ter tudo isso e, ainda assim, ser usada para resolver problemas sociais e ambientais.

  • Transporte verde: os meios tradicionais de transporte, além de serem prejudiciais ao meio ambiente, também geram injustiças sociais. A mobilidade inovadora e sustentável enxerga isso e interpreta a redução de emissões de gases de efeito estufa como uma prioridade.

  • Eficiência energética: Sensores inteligentes, dispositivos conectados à IoT e sistemas de gestão energética são excelentes exemplos de como isso pode funcionar, uma vez que permitem uma monitorização e otimização tanto em residências quanto indústrias.


Setor financeiro de olho no ambiente

As instituições financeiras da América Latina estão prontas para a sustentabilidade? Quem propõe essa reflexão é a consultoria McKinsey, que aponta os desafios para que o setor de serviços financeiros possam protagonizar com sucesso a agenda ESG.

Via de regra, as instituições financeiras da América Latina têm sido mais lentas no processo de integrar a sustentabilidade a suas agendas estratégicas.

Contudo, alguns fatores podem ajudar a acelerar esse movimento:

Fluxo de capital sustentável: a transição para uma economia mais sustentável apresenta oportunidades de investimentos para as instituições financeiras. Iniciativas de redução de emissões de poluentes e descarbonização da indústria, por exemplo, vão precisar de financiadores.

● Vulnerabilidade perante mudanças climáticas: a América Latina se encontra numa posição delicada em relação às adversidades climáticas. Isso porque a região possui 13 dos 50 países mais suscetíveis a choques relacionados ao clima. Por meio de investimentos, as instituições financeiras podem apoiar a preservação climática.

● Aperto regulatório: os órgãos reguladores estão finalmente abrindo os olhos para a sustentabilidade ambiental na América Latina e só agora começaram a dar passos concretos no sentido de reforçar as exigências regulatórias.


 




 

RH 5.0: pessoas de volta ao centro

Mais de um terço dos pedidos de demissão ocorrem por falta de reconhecimento por parte das lideranças. Essa estatística é reflexo de um RH que colocou a tecnologia como protagonista e deixou o fator humano de lado. Agora, o RH 5.0 surge para colocar as pessoas novamente no centro das organizações.

Em entrevista ao MundoCoop, Marcelo Gomes, CEO da Nexti, argumenta que um dos pontos chaves para tirar o melhor do RH 5.0 é a automatização do setor de recursos humanos capaz de simplificar processos burocráticos. Isso libera mais tempo para aprimorar a gestão de pessoas.

“Com o tempo otimizado, você se preocupa com o seu bem-estar do time”, ele aconselha. “A tecnologia vem mudando centenas de setores e chegou tornando o futuro do RH em digital”.

No RH 5.0, a inovação é aliada da humanização e valorização dos profissionais.
 

 


A arte de formar líderes

O sucesso a longo prazo e a perenização dos negócios passa pela formação de lideranças capazes de inovar e dar continuidade ao que está dando certo. Só que essa não é uma tarefa fácil e tem muita cooperativa que deixa isso de lado.

Para isso, é importante começar entendendo o quão importante é o papel dos novatos, escreve Fernando Mantovani em sua coluna na Exame.

“Quem está iniciando, seja em um estágio ou em um cargo de analista ou assistente, entra com energia, interesse, curiosidade e novos conhecimentos teóricos”.

Desde o início, ele argumenta, é possível perceber o potencial para os cargos de liderança - e investir nessa trajetória! Não é um processo simples, claro, mas a recompensa é positiva. Ter um líder que cresceu com a cultura corporativa faz muita diferença.

Não há uma receita de bolo para ser líder, explica o especialista. No entanto, há características que são básicas em uma boa liderança, como: iniciativa, capacidade de diálogo, resiliência e, acima de tudo, ambição.



 

Leia antes de ir:

 

 

Esta newsletter é produzida pela Wex com a curadoria de conteúdos da Coonecta,
uma empresa especialista em conteúdos para o cooperativismo.

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