Edição Julho, Ano 3

Ideias para o futuro do cooperativismo de crédito     Em meio a um contexto de transformações constantes nos serviços financeiros, o cooperativismo de crédito cresce, se moderniza e ganha um espaço cada vez maior na vida dos brasileiros. Com um papel importante para a inclusão financeira e a responsabilidade social, as cooperativas de crédito conseguem manter a competitividade em um ecossistema cheio de inovações em que surgem novos atores disruptivos a todo instante. Diante disso, em um mundo que promete muitas metamorfoses, se faz necessário planejar o cooperativismo de crédito no futuro. E quem melhor para discutir esses desafios do que as pessoas que tornam isso possível? Foi isso que aconteceu no Cooptech Crédito! A fim de disseminar as ideias que mostram os caminhos para o futuro do cooperativismo de crédito, a Coonecta produziu um e-book baseado nas apresentações e discussões do evento!     Veja três dos temas que estão moldando a jornada das cooperativas: ● A transformação digital é imprescindível: a adoção de ferramentas digitais e inovações financeiras é imprescindível e perpassa por todos os setores das coops. Assembleias digitais, adoção de novas tecnologias e a construção de uma cultura voltada à modernização representam o futuro do Ramo. ● Soluções digitais na jornada de atendimento fazem a diferença: o atendimento é o grande diferencial das cooperativas de crédito. Fique por dentro de cases de sucesso de cooperativas que revolucionaram a relação com os cooperados levando em conta as novas formas de relacionamento! ● A intercooperação ainda é um desafio: a colaboração entre as cooperativas de crédito ainda é mais teoria do que prática. Em um ambiente de competição com instituições financeiras disruptivas, a intercooperação pode fortalecer o sistema de cooperativismo de crédito como um todo. Como começar? Eis o dilema.         Confira o e-book completo aqui para ficar por dentro de discussões, cases de sucesso e ideias inspiradoras em prol de um cooperativismo de crédito forte e inovador!     Um força global “Desde que entrei para o WOCCU tenho ouvido muitas histórias sobre a possibilidade de o sistema de cooperativas de crédito brasileiro ser o mais vibrante e progressivo em todo o mundo”. O WOCCU é Conselho Mundial de Cooperativas de Crédito e essa frase é de sua CEO, Elissa McCarter LaBorde, em entrevista ao MundoCoop. Ela esteve no Brasil para palestrar no Super Summit Sicredi e voltou para casa com boas impressões: “O investimento do sistema cooperativista financeiro em diversidade, igualdade e inclusão, finanças sustentáveis e construção de comunidades resilientes através de suas associações de crédito é motivante”. Para Elissa, as cooperativas de crédito precisam se adequar aos hábitos das novas gerações em busca de um futuro competitivo. “Eles fazem compras ou realizam transações bancárias com um ou dois cliques em um dispositivo móvel. Portanto, como cooperativas de crédito, não podemos esperar que os modelos antigos funcionem”. Em relação às demandas por iniciativas de impacto social e sustentabilidade ambiental, contudo, as cooperativas estão muito à frente dos outros serviços financeiros - e isso é um baita diferencial. Para aproveitá-lo, as cooperativas de crédito precisam encarar dois desafios para o futuro: comunicação e intercooperação.   Fazendo a diferença no presente Para construir um ecossistema cooperativista saudável no futuro, é necessário partir de um presente sólido. O cooperativismo de crédito brasileiro, felizmente, conta com um alicerce forte para dar seus próximos passos. Isso fica evidente com a descoberta de um levantamento realizado pelo Sebrae: as cooperativas de crédito apoiam o empreendedorismo com melhores condições de financiamento. Os pequenos negócios estão trocando os bancos tradicionais pelas cooperativas diante de: ● Juros e tarifas menores ● Taxa superior na aprovação do crédito ● Qualificação do portfólio de ofertas para empreendedores Isto é: as cooperativas de crédito atuam para um futuro mais dinâmico, inovador e protagonizado pelos negócios locais. Um novo aliado nas busca de recursos Encontrar fontes de financiamento e fomento para iniciativas de inovação e sustentabilidade é uma tarefa árdua. Diante disso, o Sistema OCB desenvolveu o Radar de Financiamento a fim de apoiar as cooperativas na busca por investimentos. A iniciativa está disponível na plataforma InovaCoop e reúne diversas oportunidades para que cooperativas dos mais variados tamanhos e ramos possam financiar suas iniciativas inovadoras. Mais de 70% dos gastos em iniciativas inovadoras no Brasil são feitos exclusivamente com recursos próprios. O Radar permite que as cooperativas possam encontrar outras alternativas, como linhas de financiamento baseadas na Lei do Bem ou crédito ofertado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por exemplo. Fique de olho! Como vender na era digital A arte de vender é um desafio que permeia todos os tipos de negócios - e não é diferente para as cooperativas. O que muda, no entanto, são os hábitos e as tecnologias que influenciam diretamente a efetividade das formas de vender. Assim sendo, a Coonecta discorreu sobre as dinâmicas para vender no cooperativismo. Tudo começa com a pré-venda, que é tudo aquilo que acontece antes das negociações. Para vender, é necessário construir uma relação positiva com os potenciais compradores, afinal. Com essa fase superada, chega a hora de vender. Mas na era do e-commerce, é melhor vender em um marketplace ou em uma loja própria? Bom isso vai de caso a caso. Pode ser até que sua cooperativa faça ambos ao mesmo tempo! Acha que acabou? Achou errado! O pós-venda nunca foi tão importante para fidelizar clientes e oferecer boas experiências. Além disso, receber feedbacks para melhorar todo o processo é uma ótima maneira de seguir evoluindo a relação com os compradores. Por fim, o artigo olha para o futuro e enumera uma série de tendências que devem seguir alterando as lógicas comerciais na era digital. Para ler, é só clicar neste link!     Como os brasileiros consomem? Uma das formas mais efetivas para aprimorar os processos comerciais e vender mais é ficar atento às mudanças nos comportamentos de consumo. A consultoria McKinsey, portanto, analisou os novos hábitos dos consumidores brasileiros. Eis alguns dos insights: ● Pequenos prazeres: no geral, os brasileiros estão adotando estratégias para reduzir custos. Ainda assim, tem gente disposta a gastar com algumas indulgências. Compras em busca de prazeres sutis no dia a dia geram momentos marcantes e oportunidades de negócios. ● Um país fragmentado: o Brasil comporta uma série de perfis de consumo diferentes e as maiores diferenças estão associadas à renda. Em um país desigual, muitas pessoas veem o orçamento encolhendo. Por outro lado, uma faixa da poúçação com melhores condições econômicas está olhando para o futuro com bons olhos - e gastando mais. ● Cautela no consumo: nove a cada dez brasileiros reduziram seus gastos nos últimos meses. Esse movimento afeta negativamente itens como decoração e produtos eletrônicos. Ademais, diversas famílias estão comprando produtos de marcas mais baratas e reduzindo a quantidade de produtos nos carrinhos do supermercado. ● Jornada de compra phygital: o comércio online veio pra ficar, mas isso não quer dizer que as lojas físicas se tornaram obsoletas. Pelo contrário: a nova jornada de compra mescla o digital e o presencial. Apesar desse potencial de influência, a maioria dos criadores trabalha por meio de permutas e outras formas de relacionamento não monetizado. Com isso, surge um mercado que pode ser melhor explorado pelo marketing das cooperativas que querem ganhar espaço nas redes.

Competências para o futuro Novas tecnologias estão mudando profundamente as dinâmicas de trabalho. Com isso, novas habilidades serão priorizadas para lidar com as transformações tecnológicas e sociais. Esse movimento de transição gera uma gama de oportunidades e benefícios para os trabalhadores, as organizações e a sociedade como um todo. Nesse contexto, a consultoria PwC apresenta um novo framework para que as lideranças possam tirar o melhor proveito de uma cultura corporativa inovadora. Essa abordagem considera as pessoas contratadas com base em suas habilidades e competências, e não somente em qualificações. Para isso, entretanto, é necessário mudar o processo tradicional de recrutamento e seleção. Neste relatório, a PwC propõe um modelo com dois facilitadores e cinco áreas de ação. Que tal se antecipar e começar a transformação da sua cooperativa?     Habilidades fora do escritório Conforme as tecnologias avançam, os profissionais também precisam se reinventar. No entanto, não importa o que aconteça, algumas habilidades nunca perdem a força, como criatividade, ousadia, senso de propriedade e espírito de equipe. As cooperativas devem ficar de olho nelas. Em um artigo para o site da Exame, Fernando Mantovani, especialista em RH, apresenta as mad skills, que ele define como “habilidades fora de série”. Elas envolvem a realização de hobbies e outras atividades interessantes que fazem um profissional ser diferente e especial de alguma maneira. Tocar em uma banda, exercitar a escrita criativa, praticar esportes, conhecer novas culturas ou produzir um podcast - tudo isso tem a ver com o desenvolvimento das mad skills. Elas são fruto da iniciativa do profissional a partir de sua individualidade - ou seja, sem imposição ou cobrança da organização empregadora. Essas habilidades, movidas por paixão, dizem muito sobre a personalidade das pessoas. Portanto, argumenta o especialista, os recrutadores devem valorizá-las. Alguém que faça teatro pode se dar bem em apresentações corporativas. Quem gosta de artesanato tem grandes chances de se dar bem em cargos que exigem concentração e calma. A lição é que não basta ter uma visão unidimensional sobre os colaboradores.   Fique atento às tendências na gestão de pessoas   Sabe onde você pode ficar por dentro dos principais assuntos sobre recursos humanos, cultura corporativa e governança voltada para o cooperativismo? No HR Coop Conference, um dos palcos simultâneos do WCM Expo! Serão mais de 8 horas de conteúdo com apresentações e painéis protagonizados por lideranças de dentro e fora do cooperativismo. Confira aqui quem já está confirmado! A curadoria do HR Coop Conference é da Coonecta.

Leia antes de ir: Apesar de facilitar a vida em diversos aspectos, a economia digital gerou um novo tipo de precarização do trabalho relacionado às plataformas. O RadarCoop explica as origens desse fenômeno e mostra como o cooperativismo surge como resposta à precarização do trabalho digital. O contexto econômico influencia diretamente em como as cooperativas fazem negócios. Dessa forma, uma série de indicadores e dinâmicas devem ser levadas em conta. Por isso, o ConexãoCoop fez um raio-x do cenário econômico e aponta que esperar para o segundo semestre.   Inovação também se faz por meio das relações institucionais. Essa é a premissa do livro produzido pela Embrapa sobre as estratégias para a inovação agropecuária, com direito a um capítulo focado no cooperativismo escrito por Tânia Zanella, superintendente do Sistema OCB.   Presencial, híbrido ou remoto? Muitos líderes ainda encaram dilemas sobre qual o modelo de trabalho adequado para suas equipes. Confira o que 29 empresas brasileiras estão fazendo e suas dicas!