Edição Abril, Ano 3

 

Construindo pontes para a inovação cooperativista

O cooperativismo é uma opção valiosa para os empreendedores. Essa é a premissa do RadarCoop, um levantamento inédito do ecossistema de inovação e empreendedorismo cooperativista, lançado oficialmente durante o Gramado Summit. A iniciativa é fruto da parceria entre a Coonecta e o Complexo.lab, laboratório de colaboração, experimentação e inovação da Sicredi Pioneira.



O RadarCoop mapeia o empreendedorismo cooperativo e as organizações que o apoiam. Além dos empreendedores, o levantamento identifica outros seis papéis que dão suporte à inovação dentro do ambiente cooperativista, a fim de criar conexões.

Assim, o RadarCoop foi lançada no palco SebraeX, em um painel que contou com a participação de Gustavo Mendes, cofundador da Coonecta; Thiago Pandolfo, Head de Inovação do Complexo.lab; Solon Stapasola Stahl, Diretor Executivo da Sicredi Pioneira; e Mário de Conto, Superintendente do Sescoop-RS.

   
 

Stahl explicou que o cooperativismo é um modelo com grandes virtudes para os novos negócios.

 

“Quando se fala em empreendedor que vai começar, ele pode pensar que o formato de cooperativa pode funcionar muito bem pra ele, porque é uma forma de diluir risco, é mais saudável e tem uma governança pronta”, explicou.

 
       

“Eu acredito muito que o cooperativismo é uma forma de transformar o mundo e de criar mundos melhores. Acredito que o cooperativismo é uma ferramenta muito poderosa no processo de transformação das comunidades”, completou Pandolfo.

Além do lançamento, o RadarCoop também teve o primeiro encontro de sua comunidade em Nova Petrópolis. Caso você tenha perdido, é só clicar aqui e assistir ao evento na íntegra.


 


Ecossistema: para que te quero?

Mas para que serve esse ecossistema de inovação e empreendedorismo cooperativista, afinal? Em seu novo portal, o RadarCoop apresentou seis razões:

   
  1. O cooperativismo carrega a inovação no DNA: a economia compartilhada, o cashback e o efeito de rede, elementos considerados inovadores na economia digital, já estão presentes no coop desde o início. Portanto, o estímulo para que o cooperativismo inove é positivo para todo o ambiente econômico.

  2. O ecossistema deixa a inovação mais consistente: uma rede de suporte torna faz com que a inovação no cooperativismo seja constante e sólida. Além de novas ideias, os empreendedores cooperativos precisam de recursos para tirá-las do papel. É isso que a existência de um ecossistema proporciona.

  3. Empreendedorismo com propósito: no cooperativismo, as inovações não dizem respeito apenas ao desempenho comercial. As cooperativas têm valores, propósitos e são agentes da transformação social. Dessa forma, ao inovar, o coop impacta positivamente as comunidades e a sociedade como um todo.
 
  1. A inovação torna o modelo de negócios mais competitivo: apesar disso, o cooperativismo também precisa ser competitivo no mundo dos negócios. Dessa maneira, a inovação ajuda a atribuir eficiência aos negócios, afetando positivamente a competitividade, dando solidez às cooperativas no mercado.

  2. A economia digital precisa ser mais solidária: as novas tecnologias são imprescindíveis na vida moderna. Contudo, o avanço tecnológico também causa problemas colaterais, como a precarização do trabalho.Diante disso, o cooperativismo de plataforma se apresenta como uma solução para uma economia mais justa.
     
  3. O cooperativismo deve se modernizar: um desafio para as cooperativas é conciliar seus valores com a modernização dos negócios. O cooperativismo tem muito a aprender com as startups para se tornar mais ágil e dinâmico, por exemplo. O ecossistema aproxima e mescla os modelos, trazendo o coop para a nova economia.
 

 


 
Sobre os ombros de gigantes

O mundo da tecnologia é conhecido pela inovação constante. Em um meio em que as coisas mudam rapidamente, é fundamental continuar melhorando os produtos e desenvolvendo novas soluções para garantir a eficiência e disrupção. Não é por acaso que as big techs dominam os rankings de companhias mais inovadoras do planeta.

Há, portanto, muito o que as cooperativas podem aprender com essas instituições. Com isso, o InovaCoop publicou o e-book: Aprenda as estratégias de inovação da Apple, Google e Amazon para colocar em prática na sua cooperativa!

A Apple é uma das companhias mais disruptivas da economia digital, modificando e criando mercados. O smartphone como conhecemos hoje só existe por causa da Apple e seu iPhone, por exemplo. Isso se deve à estrutura de liderança da companhia, que coloca experts nos comandos das equipes. Em Cupertino, conhecimento profundo é a chave da inovação.

As coisas são diferentes no Google, onde todos os colaboradores têm tempo para o desenvolvimento de novas ideias. O Google também não tem medo do fracasso: o importante é colocar as ideias em prática e deixar o mercado mostrar na prática o potencial. Muitas não funcionam - e não tem problema. O erro faz parte da construção do sucesso.

Por fim, a Amazon aborda a inovação centrada nas ideias, que são considerados ativos pela gigante do varejo digital. As grandes inovações e aprendizados surgem delas, ainda mais em um ambiente em que a incerteza é grande. O foco nas ideias é tão grande que Jeff Bezos, fundador da companhia, desenvolveu um método próprio para apresentá-las. Por mais que os contextos e as realidades sejam diferentes, quem está na vanguarda sempre tem o que ensinar. Como certa vez declarou Isaac Newton, uma das mentes mais geniais da humanidade, “se eu vi mais longe, foi por estar sobre o ombro de gigantes”.
 

   
A era dos robôs já chegou
 

Os robôs estão protagonizando uma revolução na internet, e não é de forma silenciosa - muito pelo contrário, na verdade. É bem provável que os chatbots já estejam presentes no seu dia a dia, seja na hora de fazer uma compra ou simular uma transação bancária.

O mercado de chatbots, dessa forma, não para de crescer. Só no Brasil, foram 317 mil chatbots desenvolvidos em 2022. A título de comparação, em 2017 foram somente 8 mil.

O cooperativismo também faz parte desse movimento de adoção dos chatbots. Eles podem ser usados em diversas situações, desde o atendimento aos cooperados até no apoio às tarefas administrativas.

De forma geral, os robôs conversacionais estão muito presentes nos serviços financeiros e na saúde, setores em que o atendimento 24 horas representa um grande diferencial. Assim, os chatbots aparecem como uma ferramenta importante para os Ramos Crédito e Saúde.

Mas não só para eles, explicou Rafael Souza, CEO da Ubots, empresa que desenvolveu chatbots para diversas cooperativas:

“Uma pequena cooperativa que precisa manter contato recorrente com os seus cooperados pode ter ganhos expressivos ao utilizar chatbots e aplicativos de mensagens para automatizar partes dessas interações. Ou ainda, uma pequena cooperativa que está em crescimento pode utilizar chatbots como um primeiro ponto de contato para abertura de novas contas”.

Diante dessa tendência, a Coonecta produziu o e-book Chatbots no Cooperativismo, apresentando as tendências desse mercado e constando casos práticos de coops que aprimoraram o atendimento com apoio dos robôs.



A era da experiência

Uma das novas tendências de consumo mais evidentes é que os clientes estão ficando cada vez mais exigentes. Para satisfazer os consumidores, toda a jornada de compra precisa ser satisfatória. É por isso que estamos na era da experiência do cliente.

A experiência do cliente e desempenho comercial têm tudo a ver. De todos os países que participaram de um estudo da consultoria PwC, o Brasil é o que atribui mais importância à experiência do cliente na decisão sobre uma compra. Quem oferece experiências melhores pode até mesmo cobrar mais caro por isso.

As novas tecnologias estão moldando a jornada do cliente. O comércio eletrônico não para de crescer. Isso exige que os negócios tenham uma presença digital mais forte, otimizada e, mais importante de tudo, rápida.

Mas também é possível aprender com quem está encantando clientes há décadas: a Disney com as suas cinco chaves do atendimento ao cliente. Conheça mais no ConexãoCoop!



 

Cliente ou cooperado?

Não podemos negar, contudo, que as cooperativas de crédito têm um jeito diferente de atender seus cooperados. “Na cooperativa, o associado não é cliente, é gente”, explica Adriano Henrique Coelho é advogado-sócio e coordenador do Núcleo de Recuperação de Crédito do MBT Advogados, em artigo no MundoCoop.

Isso acontece porque, diferente dos bancos tradicionais, as cooperativas são regidas por princípios que se conectam às diversas economias regionais, gerando impacto local.

"Na instituição, o associado não é um mero cliente: é alguém próximo, que recebe um tratamento essencialmente humanizado, com acesso direto ao gerente, por exemplo, e participa de assembleias, decidindo sobre os rumos da cooperativa".

 


Encurtando a semana

Cada vez mais a lógica do trabalho está sendo repensada e está surgindo um movimento que discute a semana de quatro dia úteis, com experiências-piloto e estudos. Os resultados controlados, a princípio, parecem promissores: as pessoas ficam menos estressadas e relatam níveis reduzidos de esgotamento, ansiedade, fadiga e problemas de sono.

Mas e a sua cooperativa, estaria preparada para essa novidade?

O portal Fast Company listou, então, seis passos para que os negócios fiquem preparados para a semana de quatro dias:

  1. Repense o modelo de remuneração: em um mundo que prioriza a produtividade, a lógica baseada em horas está ultrapassada.
  2. Foque no valor de um bom serviço: para quem presta serviços, uma semana de trabalho de quatro dias só terá sucesso se também beneficiar os clientes.
  3. Abrace a experimentação: faça pilotos para entender como as mudanças afetam as coisas na prática para encontrar a melhor solução.
  4. Não se atropele: analise como economizar o tempo da equipe, seja reduzindo os deslocamentos, trabalho remoto e redução de reuniões, por exemplo.
  5. Dê o exemplo: os líderes devem incorporar a nova realidade na cultura da organização, por mais que adiantar o trabalho na folga seja tentador.
  6. Concentre-se no que você ganha: com um fim de semana prolongado, trabalhadores têm tempo para recarregar totalmente as baterias e trabalham mais focados.

E aí, acha que essa moda vai pegar?

 
A vida na frente das telas

Estamos passando tempo demais na frente das telas, o que está criando um novo fenômeno: o burnout digital. Cada vez mais profissionais relatam exaustão motivada pelo excesso de exposição a dispositivos eletrônicos.

Os dados apontam que os brasileiros estão entre os que mais passam tempo conectados no mundo, e esse hábito cresceu ainda mais na pandemia. “Checar o celular é a primeira coisa que nós fazemos ao acordar e última antes de dormir”, contou a psicóloga e professora Edwiges Parra à revista Você RH.

O problema, estudos vêm mostrando, é que, quanto mais tempo de conexão, maiores as consequências para o bem-estar físico e mental. Dificuldades de concentração e de automotivação, irritabilidade, insônia e percepção de aumento da sobrecarga mental são só alguns dos sintomas associados ao tempo excessivo de tela.

Para grande parte das pessoas, a maior quantidade de tempo em frente às telas acontece no trabalho. É daí que surgiu essa nova modalidade do burnout. A desconexão nunca foi tão valiosa.

Leia antes de ir:

 

 

Esta newsletter é produzida pela Wex com a curadoria de conteúdos da Coonecta,
uma empresa especialista em conteúdos para o cooperativismo.

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