AO COMPLETAR 30 ANOS, A COOPERATIVA FINANCEIRA INVESTE MAIS R$ 2 MILHÕES PARA MANTER EVOLUÇÃO E COMPETITIVIDADE

Inovar é uma maneira de se adaptar a novas situações e ambientes, de evoluir constantemente e se manter competitivo em qualquer cenário. No ambiente de negócios vemos que a inovação está muito ligada a conceitos como impacto social e econômico. A inovação agrega valor às instituições e que empresas que investem em projetos de inovação obtêm melhores resultados ao longo do tempo. Além disso, a inovação estimula a colaboração, a sustentabilidade, a igualdade e o compartilhamento. Ou seja, tudo que o cooperativismo é desde sua criação. Esses elementos sinalizam que o cooperativismo tem tudo para ser protagonista na nova economia e a Credicom está promovendo grandes investimentos na área. Ao todo a Cooperativa está investindo mais de R$ 2 milhões e vai inaugurar o Credicom LAB em outubro de 2022.

Segundo o presidente da instituição, Dr. João Augusto Fernandes, a inovação é estratégica para a perenidade das cooperativas. “É fundamental conciliar a dinâmica das cooperativas ao ritmo intenso de transformações do mercado”, afirma, ressaltando que grande parte das empresas, inclusive startups que nasceram mergulhadas em inovação, enfrentam dificuldades para incorporar e praticar o que cooperativas fazem por natureza e que são essenciais à inovação: capitalismo consciente, valor compartilhado, comércio justo, sustentabilidade, liderança colaborativa e empoderamento criativo.

Sob este aspecto, o cooperativismo apresenta muitas vantagens. E, por isso, é muito importante preservar suas raízes, conforme pontua Ênio Meinen, diretor de Operações do Bancoob e autor do livro Cooperativismo Financeiro: virtudes e oportunidades. Para ele, enquanto as empresas buscam voltar o foco para os clientes, o cooperativismo sempre teve foco no cooperado.

“Fala-se agora em foco DO cliente (em vez foco NO cliente).
Ora, no cooperativismo o foco sempre foi DO cooperado,
uma vez que ele é o dono do empreendimento”,
diz.

Uma das maneiras que a Credicom está promovendo a inovação é investindo numa mudança de mindset e de cultura, com foco em processos de inovação que funcionem bem para ela. Em 2021 foram realizadas entrevistas com todos os gestores para diagnosticar a maturidade da empresa neste tema, diversos encontros para definição das diretrizes estratégicas do programa e mais de 60% dos colaboradores impactados em workshops, cursos, sessões de desing thinking ou lives.

O objetivo é acelerar ao menos 05 iniciativas de inovação em 2022, construindo protótipos no conceito de MVP (produto mínimo viável).

Ao longo dessa jornada de construção da cultura de inovação, a Credicom também foi buscar informações com empresas que já estão inovando, afinal, os aprendizados e a inspiração obtidos por elas podem ser de grande valia. Em 2021, a área de Inovação da Credicom foi conhecer experiências de sucesso, como a da Unimed BH, Fundação Dom Cabral, Açominas, MRV, FIEMG e Órbi Conecta.

 

CULTURA ORGANIZACIONAL

De acordo com pesquisa feita pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) em 2019, a cultura organizacional é um dos fatores mais importantes para a inovação e vale para as empresas e para o país como um todo. A mudança da cultura da cooperativa envolve a mudança de comportamento das pessoas. Então, como em qualquer organização, a inovação em cooperativas depende do desenvolvimento de soft skills. Trata-se de um conjunto de habilidades e competências intrinsecamente relacionadas ao comportamento das pessoas. Ou seja, características que vão permitir aos gestores e colaboradores de cooperativas navegar pelas estruturas hierárquicas para criar uma cultura de inovação.

Para Daniel Magalhães, Superintendente de Estratégia - Finanças e Inovação, algumas das habilidades que podemos citar como positivas neste processo são: flexibilidade e adaptabilidade, negociação e colaboração, resiliência e disposição para resolver desafios, pensamento crítico para tomada de decisões, criatividade e mentalidade digital.

“Essas habilidades representam a capacidade de atuar com a agilidade necessária ao processo de inovação. Às cooperativas, irão possibilitar aumentar ainda mais seu impacto social e econômico na sociedade”, argumenta.

Por seguir os princípios do cooperativismo, uma cooperativa age no sentido de proporcionar gestão e controle democrático dos associados. Ao adquirir uma soft skill como a mentalidade digital, por exemplo, esse princípio pode ser ainda melhor explorado usando recursos tecnológicos para chegar ainda mais perto e dar ainda mais voz aos cooperados. É o caso, por exemplo, da realização de Assembleias Gerais Ordinárias virtuais que já são realidade na Credicom.

Mesmo a mais rígida estrutura e a regulação mais severa podem ser contornadas para dar espaço a iniciativas de inovação dentro do cooperativismo.

“O importante é entender que o cooperativismo já tem, em sua essência, características que empresas de tecnologia de todo o mundo ainda não sabem como incorporar. Ao falar de inovação, é preciso, portanto, que nos baseemos em nossas forças para disseminar ainda mais seus princípios de colaboração e democracia”, finaliza o presidente João Augusto Fernandes.