Edição Junho, Ano 2

 

Tempos de transformações:
um panorama do trabalho

As mudanças nas lógicas do trabalho seguem a todo vapor, conforme a transformação digital toma seu curso e diversas mudanças culturais impulsionadas pela pandemia se consolidam. A demanda por colaboradores mais qualificados cresce e empodera os profissionais. Cabe às empregadoras encontrar soluções. Essa é uma das conclusões obtidas pela pesquisa Global Workforce: Hopes and Fears, produzida pela consultoria PwC.

Mais de 52 mil trabalhadores do mundo todo foram consultados para a elaboração do relatório, que busca desenhar o estado do mercado pelas lentes dos funcionários.

Segundo o levantamento, devido à escassez de mão de obra especializada, os profissionais qualificados estão com um maior poder de barganha ante seus empregadores.

 
 

Mais de 40% dos trabalhadores cuja função requer treinamento específico pretendem pedir um aumento nos próximos 12 meses. Dentre quem atua em profissões sem necessidade de qualificação, essa taxa cai pela metade.

Para enfrentar esse cenário, as companhias estão começando a investir no aprimoramento de seus funcionários - mas menos do que deveriam.

Melhorar a formação dos colaboradores é prática em 40% das empresas, mostrando que ainda há muito espaço para crescimento na adoção dessa prática.

 

Outras conclusões do estudo:

● Na hora de reter talentos, ter um propósito é tão importante quanto oferecer melhores salários.

● Os colaboradores estão cada vez mais atentos às responsabilidades sociais e ambientais das empregadoras.

● Nem tanto lá, nem tanto cá: o trabalho híbrido é o novo normal. É necessário ter flexibilidade.

● Conversas sobre assuntos políticos e sociais no ambiente de trabalho não devem ser desencorajadas. Na verdade, elas trazem mais benefícios do que prejuízos.

 

Convite especial: se você atua na área de RH e precisa entender como os principais desafios de negócios da atualidade impactam diretamente o RH das cooperativas, não perca o CooperaRH, que será realizado dentro do WCM’22. Clique aqui para saber mais!






Os novos papéis do RH

Um ambiente tão dinâmico e cheio de metamorfoses representa um cenário um tanto desafiador para os líderes de recursos humanos.

A partir dessa premissa, a consultoria Deloitte mapeou três fases pelas quais os gestores de RH passam durante um momento de descobrimento e consolidação das mudanças no relacionamento com os colaboradores:

1. Responder à situação atual e atender às necessidades urgentes;

2. Recuperar, aprender com a situação e emergir mais forte;

3. Prosperar e se preparar e preparar para o "novo normal".

Os autores do relatório explicam que os RHs estão cheios de tarefas: gerenciar o retorno aos escritórios, gerir as regulações vacinais, criar equipes de trabalho híbrido, construir times mais inclusivos, intermediar relações entre colaboradores humanos e máquinas; e dar apoio à saúde física e mental dos colaboradores - ufa! - entre outras.

Com tanta coisa para tomar conta, a era dos RHs generalistas está por um fio. Os gestores de recursos humanos estão cada vez mais envolvidos com os negócios de uma corporação, e a sustentabilidade dos negócios passa diretamente por suas mãos.



Ouçam os ventos das mudanças

Esse tema é tão importante, que não falta gente elaborando estratégias para que as organizações se adaptem às novas realidades dos recursos humanos. A Gartner foi mais uma a se arriscar na tarefa.

A consultoria listou cinco regras para desenvolver e encontrar talentos no mercado pós-covid:

 

 

1. Planejamento com premissas dinâmicas: a maioria dos líderes, gestores e trabalhadores não se sentem preparados para os desafios futuros. Use dados e inteligência de mercado para construir um ambiente mais resiliente às mudanças, incorporando talentos que amadureçam a instituição digitalmente.

2. Talentos estão em todo lugar: o trabalho remoto cresceu. Com isso, as barreiras geográficas perdem importância na hora de descobrir e talentos nas mais diversas localidades ao redor do mundo. Analise o mercado e encontre oportunidades para contratar profissionais qualificados a um menor custo.

3. Flexibilidade compensa: três quartos das companhias pretendem adotar trabalhos remotos de forma permanente. Com isso, os RHs passam a ter maior flexibilidade na sua busca por talentos, e a oferta de trabalho remoto pode ser um grande atrativo.

4. Conjuntos de habilidades determinam a capacidade: as funções estão cada vez mais fluídas. Cumprir apenas uma função já não é mais suficiente para atender o fluxo de trabalho exigido hoje em dia.

5. Imperativos digitais: a transformação digital foi acelerada pela pandemia. Isso faz com que as habilidades requisitadas pelas organizações também tenham de mudar e se adaptar às necessidades evidenciadas pelas mudanças. Adote recursos da transformação digital e adeque suas equipes às novas demandas.

 

 

 

 

Veja o artigo completo clicando aqui.




 

Millennials: quem são? Onde vivem? Por que se demitem?

A renovação da cultura de recursos humanos passa, também, pela compreensão dos profissionais que protagonizam esse espírito do tempo.

 

Em 2022, os millennials estão no ponto focal de suas carreiras, alcançando posições de liderança, acumulando poderes de decisão. O papel desse grupo ganhou ainda mais importância com a onda de demissões voluntárias que se seguiu ao início da pandemia.

Como consequência, esses profissionais ficaram sobrecarregados e esgotados. O resultado disso é que os millennials são os que mais trabalham. E também os que mais se demitem.

As empresas devem se adequar a essa realidade. Já que estão assumindo mais responsabilidades, os millennials também esperam maiores recompensas. As gratificações não precisam ser necessariamente financeiras. Pode ser com semanas de trabalho mais curtas, ou a disponibilização de cuidados à saúde mental.

O fundamental é, no fim das contas, adaptar a gestão aos novos tempos e reter os talentos que representam o futuro - e o sucesso - dos negócios.



 

Liderança ágil

 

As metodologias ágeis estão consolidadas - e não é por acaso - garante Marcelo Ciasca, CEO da Stefanini Brasil.

Desenvolvidos a fim de acelerar a entrega de projetos, otimizando o tempo e gerenciando custos, os métodos ágeis consistem no fracionamento das tarefas em pequenos ciclos. Isso possibilita a correção de erros e revisão de planejamento com maior celeridade e eficiência.

Esses modelos são fundamentais para quem quiser construir produtos e serviços digitais, argumenta Ciara. Com os métodos ágeis, as equipes potencializam a geração de valor e ganham autonomia. Por que, então, não usá-las para exercer a liderança?

Gerenciar times e tomar decisões são tarefas complexas. O papel de líder tem muito a ganhar ao adotar as metodologias ágeis, argumenta Ciasca.

   
 

"Para a liderança, acredito que a colaboração seja um dos fatores mais importantes e trazer o modelo ágil para esse processo pode ser um grande fator de sucesso, afinal o líder será capaz de enxergar cada passo da meta estabelecida e corrigir quando necessário com a ajuda de todos", explica.

 
   

Veja o artigo completo e a lista de estratégias ágeis no artigo de Ciasca para a Forbes.





 

Inovar é sobreviver

A transformação digital na busca pela conquista de melhores resultados é uma realidade inescapável no mundo dos negócios. Os investimentos em novas tecnologias em 2021 superaram em 65% os do ano anterior.

 

Essa percepção é majoritária dentre os gestores. Mais de 70% deles afirmam que precisam transformar radicalmente suas operações durante os próximos dois anos para manter seus negócios competitivos.

A fim de abordar os desafios impostos por esse necessidade de atualização, a Harvard Business Review listou quatro formas de acelerar a estratégia de inovação:

● Focar os investimentos digitais em inovação, novos produtos e novos serviços

● Manter uma cultura ágil de experimentação para encontrar erros rapidamente

● Centralizar os modelos de operação com um forte sistema de incentivos baseados em resultados

● Empoderar os líderes para que comandem projetos digitais que demandam maior grau supervisão

 
 

 

Acontece em Setembro o maior evento de inovação do Setor Cooperativo da Europa

Nos dias 26 e 27 de setembro acontece em Paris, na França, o Global Innovation Coop Summit que irá criar um espaço dedicado a líderes cooperativos de todos os setores para compartilhar, trocar, aprender e construir juntos uma economia plural mais inclusiva.

   

O evento abordará novas tendências nas áreas de inovação social, tecnológica e governança com a presença de grandes palestrantes internacionais!

Ao discutir ideias inovadoras, o Global Innovation Coop Summit visa inspirar, promover e fomentar o desenvolvimento de empresas cooperativas em todo o mundo.

 


"A pandemia evidenciou as desigualdades produzindo problemas econômicos, sociais e ambientais. Isso levou as organizações ao limite, e aquelas que conseguirem se adaptar rapidamente às perdas de força de trabalho, interrupções na cadeia de suprimentos, pressões de entrada no mercado e expectativas de clientes em rápida mudança sobreviverão."
Explica Luiz Branco, organizador do evento.

 

As profundas mudanças de hoje, trazem muitos desafios que envolvem transições sociais, climáticas, de liderança e tecnológicas e isso provoca grandes impactos nos modelos de negócios das cooperativas.

O Global Innvation Coop Summit, ainda promete as melhores oportunidades para construir um mundo melhor, mais inclusivo, mais responsável e ecologicamente correto.

Conheça mais sobre o evento pelo site globalinnovation.coop.



 

Cooperativismo e ESG:
tudo a ver

Sustentabilidade, responsabilidade social e cooperativismo andam lado a lado desde que os princípios cooperativistas foram definidos. A ascensão da onda ESG só serviu para evidenciar ainda mais a forma como as cooperativas atuam para preservar o ambiente e desenvolver a comunidade.


Essas relações entre cooperativismo e o ESG foram explicadas pelo InovaCoop, em um artigo que apresenta cases e boas práticas.

A Cocamar Cooperativa Agroindustrial, que soma 97 unidades operacionais e mais de 16 mil cooperados, é um exemplo. A coop exerce quase 40 projetos com foco em sustentabilidade. Suas iniciativas englobam desde a produção de alimentos em espaços urbanos ociosos até a produção sustentável de soja.

Veja mais sobre a Cocamar e leia outros casos de práticas ambientalmente sustentáveis e socialmente responsáveis lideradas por cooperativas clicando aqui.



 

Conectando para cooperar

Criar laços, trabalhar em conjunto e cultivar parcerias são ações que podem trazer resultados muito positivos para as cooperativas. Por isso é tão importante entender como o networking e a intercooperação funcionam - e o ConexãoCoop tratou de explicar.


O artigo apresenta três dicas da jornalista Alice Salvo, que ministra o curso Empreendedorismo na Nova Economia, na PUC-SP, para criar uma boa rede de contatos:

  1. Seja visível e constante: compareça a eventos, marque presença nas redes sociais, participe de discussões e exponha suas ideias. Tudo isso de forma constante – não adianta aparecer uma vez e sumir. A presença tem que ser marcada rotineiramente.

  2. Seja relevante e útil: participe de tudo o que foi citado anteriormente com contribuições relevantes – quem toma a palavra somente para ocupar espaço acaba atrapalhando e ficando malvisto. Para isso, é preciso ter repertório, que se adquire por meio de conversas, leituras e experiências.

  3. Seja coerente e consistente: em um mundo de redes sociais, a separação entre a personalidade profissional e pessoal perdeu o sentido. É importante agir adequadamente conforme o ambiente, mas sem deixar que a essência pessoal se perca.

Além disso, a intercooperação está em maior evidência do que nunca. Quando as cooperativas atuam juntas, todo o ecossistema econômico cooperativo se fortalece. O cooperativismo é um modelo essencialmente centrado em pessoas e só é possível praticá-lo quando pessoas se conectam.


Leia antes de ir:

 
 

Esta newsletter é produzida pela Wex com a curadoria de conteúdos da Coonecta,
uma empresa especialista em conteúdos para o cooperativismo.