Edição Março, Ano 2

 

Futurista. Essa é a profissão de Amy Webb (foto), fundadora do Future Today Institute. Pode soar como se fosse coisa de ficção científica, mas passa longe disso.

Há uma década e meia, Webb produz relatórios anuais antecipando as tendências de tecnologia. A apresentação das previsões no festival South by Southwest (SXSW), focado em tecnologia e inovação, virou tradição.

E essas são algumas das tendências que Webb apresentou no SXSW deste ano:

 

  • Inteligência artificial:
    a IA é a cara da terceira era da computação, definida pela capacidade das máquinas em cumprir funções cognitivas (aprendizado, raciocínio, resolução de problemas) tão bem - ou até melhor - que os humanos. A evolução da IA promete causar impactos positivos em diversos setores da economia.

  • Biologia sintética:
    a pandemia acelerou o desenvolvimento de ferramentas para vigilância genética, como os kits de teste de DNA. O avanço da biologia sintética deve mirar o tratamento do envelhecimento, transformando a lógica da morte biológica.

 


A INTERNET QUE NOS AGUARDA…

O ponto alto da apresentação de Webb foi quando ela tratou de metaverso e Web3
As tendências que estão moldando o futuro da rede.

Para a futurista, o metaverso não é uma tecnologia única, muito menos controlada de forma centralizada por uma só empresa. As pessoas vão criar diferentes versões de si mesmas para conviver em diferentes ambientes destes mundos virtuais.

Já a Web3 é marcada pela descentralização e fortalecimentos dos conteúdos digitais criados pelos próprios usuários. A face mais evidente da Web3 está no blockchain e seu maior sintoma é a popularização das NFTs.

Em um cenário otimista, esse contexto vai empoderar os usuários no controle de seus dados pessoais e haverá uma maior confiança mútua entre usuários e empresas de tecnologia. Por outro lado, a previsão pessimista antecipa o desgaste das relações online e a exaustão dos usuários, que precisam gerenciar inúmeros perfis.

A má notícia é que, para Webb, a visão catastrófica, infelizmente, é a mais provável.

Você pode conferir aqui o relatório completo.

 



 


CRIPTOCOOPERATIVISMO

Sabe o que também tem a ver com a blockchain?
O cooperativismo!

A rede Ethereum possibilitou a existência das DAOs, organizações autônomas descentralizadas. Elas operam de forma - bem - autônoma, com as tarefas descritas em código e sem intervenção humana.

As DAOs são controladas através da posse de tokens - uma espécie de criptomoeda própria. Os donos dos tokens votam as eventuais mudanças na programação dessas organizações.

E onde entra o cooperativismo? Pois bem: sem uma legislação específica para as DAOs na maior parte dos Estados Unidos, a solução tem sido classificá-las como cooperativas. E uma das arquitetas desse movimento é uma brasileira, a advogada Jacqueline Radebaugh (foto).

Um exemplo de DAO constituída como cooperativa é a Employment Commons, que negocia coletivamente planos de saúde e outros benefícios a trabalhadores sem registro formal.

Para entender melhor essa relação entre DAOs e cooperativismo, a Coonecta conversou com a Jacqueline, que deixou tudo muito bem explicado. Confira a entrevista aqui!


 
TENDÊNCIAS DE MARKETING E COMUNICAÇÃO PARA AS COOPS


A economia digital está mudando muita coisa na relação entre negócios e consumidores. As técnicas de marketing e comunicação na internet estão cada vez mais dinâmicas - como o tratamento de dados e o uso das redes sociais.

Diante disso, o InovaCoop coletou as principais tendências de marketing e comunicação no meio digital que as cooperativas devem ficar de olho.

Você já visualizou um produto e depois ficou recebendo sucessivas propagandas dele? Pois bem, isso acontece porque seus dados são coletados. Ao mesmo tempo em que as ferramentas de marketing na internet ficam mais complexas e efetivas, as preocupações com privacidade digital impõem desafios à publicidade personalizada.


As quatro principais perspectivas para o futuro do marketing digital, segundo o InovaCoop, são:

1. Omnicanalidade: integração de diversos canais de comunicação e venda que interagem em uma mesma jornada.

2. Inclusão e diversidade: gerações mais jovens rejeitam estereótipos e valorizam a inclusão.

3. Personificação de marca: personagens dão personalidade e voz própria às marcas.

4. Consumo de vídeo: serviços de streaming nunca foram tão populares e o conteúdo audiovisual ganha espaço nas redes sociais.


Leia a reportagem completa clicando aqui..



O POTENCIAL DO 5G

A internet de quinta geração, o 5G, ainda está dando seus primeiros passos no Brasil. Essa tecnologia promete aumentar a velocidade e a qualidade das conexões. No blog da HSM, o head de Novos Negócios da PayPal Brasil listou 6 motivos para acreditar no potencial do 5G:
 

  1. Cidades inteligentes: já há um experimento na Romênia em que o 5G permite monitoramento de congestionamentos, sensores de estacionamento e gerenciamento inteligente de resíduos.

  2. Bots de serviço: aliando 5G e inteligência artificial, robôs já conseguem executar tarefas como servir cafezinhos e dar dicas de passeio.

  3. Comunicações: videochamadas em alta definição e com suporte de realidade aumentada ficam possíveis conforme aumenta a capacidade de transmissão de dados.

  4. Fábricas inteligentes: linhas de montagem inteligentes e conectadas ganham em automação e eficiência.

  5. Assistência médica: dispositivos vestíveis (como smartwatches) ajudam a obter diagnósticos e possibilitam a realização de operações remotas.

  6. Preservação de energia: a conexão de dispositivos em tempo real provê a capacidade de gerenciamento preciso em cadeias de produção e consumo, economizando energia e diminuindo emissões de poluentes.

A MESMA PRAÇA, OS MESMOS BANCOS?

A pandemia vive um momento de transformação e adaptação. A nova arquitetura da economia global é digital e descentralizada. Isso culmina em instituições incrementais, localizadas e fragmentadas - um desafio e tanto para os gestores.

Quem opera no setor bancário e de mercado de capitais também precisa enfrentar uma mudança no público consumidor, que agora também espera propósito e identidade. Não basta apenas prestar um bom serviço.

A preocupação dos bancos com a sustentabilidade também precisa ser transformada - sair do discurso e virar ações concretas. Iniciativas ESG desbloqueiam novas oportunidades de geração de valor.

Esses são alguns insights oriundos da pesquisa Perspectiva da Indústria Bancária 2022, elaborada pela consultoria Deloitte.

Veja o trabalho completo clicando neste link (e atenção: há insights valiosos para as cooperativas de crédito).



RECURSOS (NÃO SÓ) HUMANOS

Organizações e lideranças de RH se preocupam cada vez mais com o engajamento de seus colaboradores. Para isso, é necessário compreender quais os fatores que influenciam o comprometimento no ambiente de trabalho.

O ponto central: para estar motivado, o colaborador precisa confiar na organização.

O que não é tarefa fácil em um momento de incertezas econômicas e sanitárias. Plataformas digitais cumprem um importante papel para aumentar o engajamento dos colaboradores com a cultura organizacional. Agilidade e transparência em processos como o fechamento da folha de pagamento tornam a instituição mais confiável aos olhos dos funcionários, por exemplo. É isso que mostra a Revista HSM em reportagem que ouviu gestores e mostrou casos práticos de como a recursos tecnológicos melhoram a relação organização-colaborador.


Leia antes de ir:


Esta newsletter é produzida pela Wex com a curadoria de conteúdos da Coonecta,
uma empresa especialista em conteúdos para o cooperativismo.

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