Edição Janeiro, Ano 2

 

Entendendo 2021
para planejar 2022

Um ano que acaba traz consigo um horizonte de novas perspectivas, oportunidades e desafios. Vamos lembrar de 2021 como um período complexo e de transições marcantes. A pandemia se mostra um adversário resistente, mas o avanço da vacinação apresenta uma perspectiva otimista para o ano que começa.

Vamos, então, dar boas-vindas a 2022 refletindo sobre o panorama que fica de herança do ano que passou e antecipando as tendências que vão dar o que falar daqui pra frente.

 
 

● Em meio a tantas mudanças de rotina, a promessa de uma vida mais saudável foi uma tradição mantida no início de 2021. É isso, por exemplo, que indica uma série de infográficos produzidos pelo Nexo Jornal sobre os termos mais pesquisados no Google durante o ano. Dá pra ver também, por exemplo, como o PIX caiu nas graças das pessoas e o aumento do interesse pelo cinema conforme as restrições foram sendo reduzidas. O preço da gasolina e a CPI da pandemia também foram assuntos que ocuparam a cabeça dos brasileiros.

● Também existe o outro lado da moeda. Muitos assuntos podem parecer atraentes, gerar expectativas e prometer revoluções. Mas, para frear um pouco a empolgação por temas como Metaverso, NFT’s e realidade virtual, a Fast Company argumentou por que algumas tendências para 2022 estão sendo, na verdade, superestimadas.

 

● Profissionais de mídia do mundo todo foram ouvidos em um levantamento da McKinsey sobre os temas que estarão sob os holofotes dos meios de comunicação em 2022 e quais assuntos serão sub-representados. Enquanto a escassez de recursos em diversas cadeias de produção, novas dinâmicas nas relações de trabalho e impactos da tecnologia no cotidiano devem ganhar manchetes, tópicos como as crises da democracia, os desafios da segurança digital e a desigualdade social não irão receber a cobertura devida, opinam os especialistas.

● Momentos de dificuldades podem gerar mudanças positivas de atitude. Os millennials e a geração Z se mostram mais preocupados com o próximo, indica estudo feito com pessoas de diversos lugares do mundo. Os 800 brasileiros participantes no levantamento acreditam que a sociedade pós-pandêmica será mais receptiva a atitudes que impactem positivamente o clima e o meio ambiente.
 

 

Bom, o ano mal começou e muita coisa ainda pode mudar. Modas vão chegar, fazer barulho e ir embora, ao mesmo tempo em que novidades que estão passando por baixo do radar irão vir para ficar. No frigir dos ovos, o importante é estar antenado - até mesmo porque logo mais o 5G também vem aí.


O HOME OFFICE
NA VISÃO DAS
EMPRESAS

A adoção do trabalho de casa foi uma novidade trazida pela pandemia que exigiu adaptação tanto das empresas quanto dos colaboradores. A nova realidade trouxe benefícios e desafios. Alguns setores se deram melhor do que outros com a adoção da prática, indica um estudo realizado com 4000 empresas. Veja algumas descobertas interessantes do levantamento:

Veja algumas descobertas interessantes do levantamento:

● Ao longo da pandemia, mais de metade das empresas praticaram o home office, de forma parcial ou integral. No setor de serviços, essa taxa chegou a 73,3%.

● Outro contraste notável: 91,8% das empresas de informação e comunicação tiveram funcionários atuando de casa, ante meros 34,2% das companhias voltadas aos serviços prestados às famílias.

● Com o passar do tempo, entretanto, o home office perdeu adeptos. Hoje, apenas 22,3% das empresas continuam com a medida.

● O impacto na produtividade foi uma das grandes preocupações com o trabalho de casa. Os temores se mostraram infundados na grande maioria dos casos - 59% das empresas não notaram diferença e 21,6% registraram melhora.

● Olhando pra frente, a expectativa é de que o home office seja cada vez menos praticado com o passar do tempo.


Veja mais conclusões das empresas sobre o trabalho remoto no Blog do Ibre, da FGV.

 



O robô tem direito à vida?

Os avanços nos campos da robótica e da inteligência artificial têm colocado em nossos horizontes um futuro digno de ficção científica. Robôs cada vez mais complexos e suas relações com os seres humanos trazem consigo, além de eficiência e comodidade, uma série de dilemas éticos..

Já existem exemplos de pessoas que criaram relações afetivas com robôs, mesmo que eles ainda sejam máquinas sem aspectos humanos marcantes. Como, então, reagir quando um robô “morre”? E se ele não morrer nunca?

 

 

 

Neurocientistas já conseguiram integrar a estrutura mapeada de um cérebro de verme a um robô. Isso levanta novos questionamentos: e se um dia for possível fazer o mesmo, mas usando uma mente humana? De que forma o conceito de “vida” se aplicaria a uma máquina? Robôs complexos serão seres dotados de direitos?

   

O episódio Zima Blue, da Série Love, Death & Robots narra a trajetória de um robô limpador de piscinas que cria consciência, se torna um artista reconhecido mundialmente e sofre com as angústias humanas da busca por propósito. O quão perto a realidade pode chegar de imitar a arte?

Por enquanto, esse é um tema com muito mais perguntas do que respostas.

 

 

 

 

 



  Políticas públicas
e cooperativismo de plataforma
 

Sediada na Espanha, a Katuma é uma plataforma cooperativa de agricultura focada em produção ética e união dos produtores. Em Kerala, na Índia, o aplicativo Vehicle ST foi criado para enfrentar o Uber dando mais poder e retorno aos motoristas. O NursesCan, serviço de enfermagem sob demanda criado e gerenciado pelos próprios profissionais, prospera na Califórnia.

Esses são apenas alguns dos exemplos de pioneirismo no cooperativismo de plataforma levantados por Trebor Scholz em um relatório que almeja entender os desafios e destrinchar as políticas que poderão alavancar o setor.

Como você já deve saber, a resposta adequada no enfrentamento dos desafios criados pela gig economy - ou “uberização” da economia - pode estar justamente no amadurecimento do cooperativismo de plataforma.

Afinal, cooperativas são capazes de integrar trabalhadores e consumidores de maneira que a vantagem seja mútua, economicamente sustentável e com retorno às pessoas que botam a mão na massa e à comunidade.

Mas, para isso, é importante a criação de uma rede de incentivo às cooperativas de plataforma por meio de políticas públicas. O objetivo é forjar um cenário que incentive o florescimento de novas organizações cooperativas socialmente responsáveis e mercadologicamente competitivas.

 
       

Cooperativismo
na NFL?

Estariam os Green Bay Packers, um dos mais antigos clubes de futebol americano, aderindo ao cooperativismo? Pelo visto, essa é a impressão que querem dar em uma campanha de arrecadação de fundos para modernização do estádio por venda de cotas. Mas faz sentido?

Para Elias Crim, do Ownership Matters, não é bem assim. Pelas regras da NFL, a liga que organiza o principal torneio da modalidade, todo o dinheiro arrecadado com os fãs deve ser investido em melhorias dos quais o público irá tirar proveito. Mas não é só disso que se trata o cooperativismo. Qual será a participação dos torcedores cotistas? Bom, a fração de cada título é de apenas 0.000019% do time, e está limitada a 200 por pessoa. Cada ação dá direito a um voto na escolha dos diretores da equipe, dentre outros mais de 360 mil associados. Os deveres, esses sim, são mais palpáveis. Um dono de cotas dos Packers não pode criticar nenhum time da NFL, sob possível pena de perder a participação ou multa de até 500 dólares.

Na prática, conclui Crim, o torcedor-investidor ganha só um pedaço de papel de valor sentimental. Um ítem colecionável.

Cuidar da mente
dá trabalho

Não tem como negar: a pandemia mexeu com a cabeça das pessoas.

Uma pesquisa do Centro americano de Prevenção de Doenças (CDC) indicou que 37% das pessoas dizem estar ansiosas ou deprimidas. Em 2019, essa taxa era de 19%.

Com isso, dar suporte à saúde mental dos colaboradores se tornou um imperativo importante no ambiente de trabalho.

O cuidado gera impactos positivos para a cultura da empresa e resulta em ganhos de produtividade.

Além disso, a preocupação com a mente funciona como uma ferramenta de retenção de talentos.

A psicóloga Jessica Jackson explica que a discussão sobre saúde mental foi normalizada pela geração Z.

Os trabalhadores mais jovens já esperam que as empresas forneçam benefícios que levem em conta os cuidados psicológicos.

 

As perspectivas com o 5G

Executivos de TI de empresas que têm compromisso de adotar a internet 5G e o Wi-fi 6 foram ouvidos pela consultoria Deloitte sobre as perspectivas com a adoção das novas tecnologias. Algumas das conclusões do levantamento são:

● O avanço de tecnologias sem fio ganha importância corporativa estratégica - de cada 10 executivos ouvidos, 9 acreditam que tecnologias sem fio são de suma importância para o sucesso de seus negócios.

● Tecnologias sem fio alicerçam o ambiente de inovação e transformação e permitem vantagens na adoção de outras tecnologias e aumento de eficiência, resultando em vantagem competitiva.

● No momento das entrevistas, realizadas em 2020, três quartos dos executivos planejavam implementar aplicações e serviços primordialmente na nuvem dentro de um período de 2 a 3 anos.

Mas nem tudo são flores: cibersegurança, problemas de compatibilidade com sistemas e dispositivos antigos, imaturidade das novas tecnologias de rede e falta de recursos adequados para o upgrade necessário são preocupações de boa parte dos gestores. Saiba mais sobre os resultados da pesquisa!

 

Leia antes de ir:

 
 

Esta newsletter é produzida pela Wex com a curadoria de conteúdos da Coonecta, uma empresa especialista em conteúdos para o cooperativismo.